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Startup de computação quântica IQM levanta US$ 320 milhões enquanto investidores se concentram na tecnologia
Publicado 03/09/2025 • 13:03 | Atualizado há 2 dias
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Publicado 03/09/2025 • 13:03 | Atualizado há 2 dias
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A empresa de computação quântica IQM afirma ter levantado US$ 320 milhões em novos investimentos para ampliar seus aportes em tecnologia e crescimento comercial.
A startup, com sede em Espoo, na Finlândia, foi fundada em 2018 por uma equipe de cientistas com o objetivo de construir computadores quânticos potentes na Europa, similares às máquinas que empresas como Google e IBM estão desenvolvendo nos Estados Unidos.
Computadores quânticos são máquinas que utilizam as leis da mecânica quântica para resolver problemas complexos demais para computadores clássicos, que armazenam informações em bits (uns e zeros).
Computadores quânticos usam bits quânticos, ou “qubits”, que podem ser zero, um ou algo intermediário — com o objetivo de processar volumes muito maiores de dados para viabilizar avanços em áreas como medicina, ciência e finanças.
A rodada de investimentos da IQM foi liderada pela Ten Eleven Ventures, uma firma norte-americana focada em cibersegurança, enquanto a empresa finlandesa de capital de risco Tesi também aportou recursos.
O investimento conferiu à empresa, que tem sete anos, o status de “unicórnio”, ou seja, um valor de mercado de US$ 1 bilhão ou mais, segundo o co-CEO e cofundador Jan Goetz.
“Se nos compararmos diretamente com empresas listadas na Nasdaq e analisarmos indicadores como número de funcionários, receita, patentes, entre outros, na verdade não estamos atrás. Podemos competir nesse nível”, disse Goetz à CNBC em entrevista.
Goetz afirmou que a IQM percorreu um longo caminho desde os primeiros dias de sua fundação. A empresa conta com 350 funcionários no mundo todo e estruturou operações de finanças e vendas, além de ter construído uma fábrica em Espoo, onde suas máquinas são produzidas.
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Atualmente, há várias empresas europeias desenvolvendo computadores quânticos, incluindo IQM, Pasqual e Quandela. No entanto, elas ainda não alcançaram a escala de suas equivalentes nos Estados Unidos.
Em um discurso no início deste ano, a chefe de tecnologia da Comissão Europeia, Henna Virkkunen, afirmou que startups europeias de computação quântica frequentemente enfrentam dificuldades para crescer devido à escassez de capital privado, observando que a União Europeia recebe apenas 5% do financiamento privado global, em comparação com 50% nos EUA.
“Se você olhar apenas para o que está acontecendo na Europa nesses campos de tecnologia profunda que surgem das universidades, naturalmente temos muitas startups, porque temos universidades de alta qualidade na Europa. Mas depois é realmente difícil fazê-las crescer”, disse Goetz, da IQM.
“Agora, acredito que existe o risco de que, se você tiver avaliações muito altas em empresas nos EUA, elas apenas impulsionem a consolidação por fusões e aquisições usando o alto preço de suas ações.” De fato, em junho, a IonQ anunciou que compraria a startup britânica de computação quântica Oxford Ionics por quase US$ 1,1 bilhão, em um acordo composto principalmente por ações.
Até o momento, a IQM vendeu um total de 15 computadores quânticos. A empresa comercializa dois produtos principais: sua máquina principal, Radiance, e um computador quântico mais acessível chamado Spark, vendido para universidades.
Para o futuro, a IQM planeja ir além do hardware. Goetz afirmou que a empresa usará parte do capital arrecadado para desenvolver uma plataforma de software destinada a tornar a computação quântica acessível a desenvolvedores que não sejam especialistas na área.
Outro objetivo principal da IQM é a expansão global, com planos de ampliar operações comerciais e de vendas nos EUA e na Ásia. Goetz disse que a IQM já vendeu dois sistemas na Ásia — um em Taiwan e outro na Coreia do Sul — e recentemente comercializou sua primeira máquina nos EUA.
Embora uma oferta pública inicial (IPO) possa ser uma opção para a IQM no futuro, Goetz insistiu que a empresa não tem planos de IPO no momento, acrescentando que ainda existem “rotas atraentes” nos mercados privados para captação de recursos.
O objetivo final, disse ele, é “construir um negócio sustentável e lucrativo e realmente transformá-lo em uma empresa que esteja aqui para permanecer e moldar o futuro da computação a longo prazo.”
“Faremos tudo o que for necessário para que isso aconteça”, acrescentou Goetz.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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