Inflação registra queda de 0,11% em agosto com alívio na energia elétrica

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país,registrou queda de 0,11% em agosto.

No acumulado do ano, o índice subiu 3,15% e, nos últimos 12 meses, a inflação chegou a 5,13%, abaixo dos 5,23% observados nos 12 meses anteriores.

Cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram queda de preços: Habitação (-0,90%), Alimentação e bebidas (-0,46%) e Transportes (-0,27%). Entre os grupos que tiveram alta, Educação subiu 0,75% e Despesas pessoais, 0,40%.

A queda no grupo Habitação, a menor para um mês de agosto desde o Plano Real, foi influenciada principalmente pela energia elétrica residencial, que recuou 4,21%, contribuindo com -0,17 p.p. para o índice.

Saúde

O grupo Saúde e Cuidados Pessoais saiu de um avanço de 0,45% em julho para uma alta de 0,54% em agosto, dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo contribuiu com 0,07 ponto porcentual para a taxa de -0,11% do IPCA do último mês.

O resultado foi sustentado pelos aumentos de 0,80% nos itens de higiene pessoal e de 0,50% no plano de saúde.

Vestuário

O grupo Vestuário saiu de uma queda de 0,54% em julho para um aumento de 0,72% em agosto, dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo contribuiu com 0,03 ponto porcentual para a taxa de -0,11% do IPCA do último mês.
As maiores pressões partiram das altas na roupa masculina (0,93%) e nos calçados e acessórios (0,69%).

Despesas Pessoais

O grupo Despesas Pessoais saiu de uma alta de 0,76% em julho para um aumento de 0,40% em agosto, dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo contribuiu com 0,04 ponto porcentual para a taxa de -0,11% do IPCA do último mês.

O avanço foi impulsionado pelo reajuste, a partir de 9 de julho, nos jogos de azar, que aumentaram 3,60%, uma contribuição de 0,02 ponto porcentual para o IPCA de agosto.
Por outro lado, houve alívio da queda de 4,02% no subitem cinema, teatro e concerto, em razão da campanha Semana do Cinema. O subitem ajudou a deter o IPCA em -0,02 ponto porcentual em agosto.

Educação

O grupo Educação saiu de um aumento de 0,02% em julho para uma elevação de 0,75% em agosto, dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo contribuiu com 0,05 ponto porcentual para a taxa de -0,11% do IPCA do último mês.

“A alta em Educação é a maior para meses de agosto desde 2016, quando tinha subido 0,99%”, frisou Fernando Gonçalves, gerente do IPCA no IBGE.

Gonçalves lembra que o grupo Educação absorve em fevereiro um reajuste mais geral de todos os cursos investigados, enquanto que nos meses de agosto há incorporação de um reajuste mais residual.

A alta em agosto foi resultado da de reajustes nos cursos regulares, que subiram 0,80%, impulsionados pelos subitens ensino superior (1,26%) e ensino fundamental (0,65%). Os cursos diversos aumentaram 0,91%, influenciados pelos cursos de idiomas (1,87%).

Naty.Falla

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no