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China alerta México para “pensar duas vezes” antes de aumentar tarifas sobre carros chineses
Publicado 12/09/2025 • 08:47 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 12/09/2025 • 08:47 | Atualizado há 2 meses
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Unsplash.
México avalia elevar tarifas sobre veículos chineses, e Pequim ameaça adotar contramedidas.
O Ministério do Comércio da China alertou o México sobre contramedidas, depois que o Secretário de Economia do México, Marcelo Ebrard, disse na quarta-feira (12) que o país planeja aumentar as tarifas sobre veículos vindos da Ásia, especialmente da China, dos atuais 20% para 50%. O aumento das taxas ainda precisa da aprovação do Congresso, e as tarifas entrariam em vigor 30 dias depois, informou a autoridade.
“Esperamos que o México seja extremamente cauteloso e pense duas vezes antes de agir ”, disse o ministério chinês em um comunicado na quinta-feira (11) à noite. “China e México são parceiros comerciais mutuamente importantes”, afirmou o ministério. “Não estamos dispostos a ver a cooperação econômica de ambos os lados afetada por esta situação.”
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“A China tomará as medidas necessárias… para salvaguardar resolutamente seus direitos e interesses legítimos”, diz a declaração da China. Diante do “abuso de tarifas pelos EUA”, os países devem salvaguardar o livre comércio, afirmou a China. “A coerção de terceiros jamais deve sacrificar os interesses de terceiros.”
As tarifas planejadas pelo México contra a China são parte de uma proposta mais ampla de orçamento federal que afetaria US$ 52 bilhões (cerca de R$280 bilhões) em importações do país, de acordo com uma reportagem do The Wall Street Journal.
Nas atuais tensões comerciais com os EUA, as contramedidas da China incluíram restrições à exportação de minerais essenciais para a produção de automóveis e outras tecnologias avançadas. As empresas chinesas passaram a dominar a cadeia de suprimentos de muitos desses minerais.
O México se beneficia do Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA) para o comércio livre de tarifas entre os países. Mas o USMCA, que entrou em vigor em 2020, exige que uma parcela muito maior dos veículos seja fabricada na região do que o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA), que o substituiu.

A indústria automobilística mexicana é a maior empregadora do país, disse Jorge Guajardo, sócio da Dentons Global Advisors em Washington, DC. Ele é ex-embaixador do México na China. “Com 50%, as tarifas são menores do que as tarifas de 60% que a Rússia aplica aos carros chineses”, disse Guajardo. “Ainda não vi a China aplicar as mesmas acusações [de coerção] à Rússia ou ao Brasil. Presumo que seja um acordo tácito, pois eles entendem que não há apetite no mundo para absorver o excesso de capacidade da China.” Em julho, o Brasil anunciou tarifas de 35% sobre as importações de carros elétricos.
O excesso de oferta era um dos motivos da existência do comércio global, disse uma autoridade chinesa à CNBC no ano passado, acrescentando que, se a China estivesse produzindo muitos carros elétricos, outros países dominariam as exportações globais de gás natural liquefeito, produtos agrícolas e semicondutores de alta qualidade.
De junho de 2022 a julho de 2024, mais de 20 fabricantes e autopeças chinesas anunciaram mais de US$ 7 bilhões (aproximadamente R$27 bilhões) em investimentos no México, de acordo com a Coalizão para uma América Próspera, mas não está claro quantos projetos foram concluídos.

O país latino-americano tem sido o principal destino das exportações de automóveis da China, de acordo com dados da Associação Chinesa de Automóveis de Passageiros divulgados no início deste ano.
“O que é muito importante sobre os automóveis chineses é que, muitas vezes, a participação de mercado que eles estão conquistando não vem exatamente das marcas ocidentais. É, na verdade, de outras marcas asiáticas. Acho que é isso que vimos no México”, disse Eugene Hsiao, chefe de estratégia de ações da China na Macquarie Capital.
Mas mesmo com indícios de um aumento de 25% nas tarifas na época, Hsiao disse que esperava que “a proposta de valor de muitos desses carros chineses, eu acho, permanecesse intacta, mesmo com algumas dessas tarifas”.
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