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Sindicato dos trabalhadores do Starbucks nos EUA autoriza greve antes de negociação
Publicado 17/12/2024 • 17:06 | Atualizado há 10 meses
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Publicado 17/12/2024 • 17:06 | Atualizado há 10 meses
KEY POINTS
Foto: Divulgação/Starbucks Brasil
O sindicato Starbucks Workers United, dos funcionários da rede de cafés nos Estados Unidos, anunciou nesta terça-feira (17) que 98% dos baristas sindicalizados votaram a favor da autorização de greve, enquanto continuam a buscar um contrato com a rede de cafeterias.
Os delegados das negociações voltam à mesa nesta terça-feira para a última sessão programada do ano, com o objetivo de definir uma “estrutura básica” para o acordo. Tanto o Starbucks quanto o Workers United já passaram centenas de horas em negociação neste ano, com dezenas de acordos preliminares apresentados até agora.
O sindicato afirma que centenas de casos de práticas trabalhistas problemáticas ainda não foram resolvidos e acusa a empresa de não ter apresentado um pacote abrangente que aborde salários e outros benefícios para os baristas.
Em resposta à CNBC, o Starbucks contestou a caracterização do sindicato e reafirmou seu compromisso em chegar a um acordo final.
“É decepcionante que o sindicato esteja considerando uma greve em vez de focar no que têm sido negociações extremamente produtivas. Desde abril, programamos e participamos de mais de oito sessões de negociação de vários dias, nas quais alcançamos trinta acordos significativos em dezenas de tópicos apontados pelo sindicato como importantes, incluindo várias questões econômicas,” disse a empresa em comunicado.
A autorização de greve sinaliza que as relações entre as duas partes podem estar voltando a se deteriorar, após um período de reaproximação em fevereiro, quando ambas anunciaram ter encontrado “um caminho construtivo adiante” por meio de mediação. Antes disso, o Starbucks havia enfrentado a crescente onda sindical em suas lojas próprias por mais de dois anos. A resistência da empresa gerou críticas de consumidores e legisladores, culminando com o ex-CEO Howard Schultz prestando depoimento no Congresso dos Estados Unidos.
O atual CEO, Brian Niccol, que assumiu o cargo em setembro, comprometeu-se a negociar de boa-fé em uma carta enviada ao sindicato em suas primeiras semanas no comando.
Na última segunda-feira (16), Niccol anunciou que a empresa irá dobrar a licença parental remunerada a partir de março. No entanto, os baristas deverão receber um reajuste salarial anual menor no próximo ano, em comparação com os anos anteriores, após uma queda nas vendas nas unidades dos EUA.
Mais de 500 cafeterias próprias do Starbucks já votaram pela sindicalização sob o comando do Workers United desde as primeiras eleições realizadas em Buffalo, há três anos.
Nos EUA, o sistema sindical é descentralizado e regido pela National Labor Relations Act (NLRA) desde 1935. A legislação garante aos trabalhadores o direito de se organizar e negociar coletivamente. Diferentemente do Brasil, onde há representação sindical obrigatória por categoria, a filiação aos sindicatos nos EUA é voluntária e ocorre por local de trabalho.
Para criar um sindicato, os trabalhadores precisam demonstrar interesse formal por meio de petições e realizar uma eleição sindical supervisionada pelo National Labor Relations Board (NLRB). Caso a maioria vote a favor, o sindicato é oficialmente reconhecido e inicia as negociações para um contrato coletivo que pode definir salários, benefícios e condições de trabalho específicas daquela unidade ou empresa.
Além disso, leis estaduais conhecidas como “Right to Work” em alguns estados enfraquecem os sindicatos ao permitir que trabalhadores não sindicalizados usufruam dos acordos coletivos sem pagar as contribuições sindicais. Isso torna o financiamento dos sindicatos um desafio constante, resultando em taxas de sindicalização mais baixas, especialmente em setores de serviços e tecnologia.
Ainda assim, os sindicatos permanecem relevantes em muitas indústrias, e há um renovado interesse pela sindicalização em setores onde as condições de trabalho são mais precárias, como o de restaurantes e cafeterias, exemplificado pela mobilização no Starbucks.
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