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CEO do Duolingo: em vez de demitir usamos IA para deixar funcionários ‘quatro ou cinco vezes’ mais produtivos
Publicado 21/09/2025 • 10:30 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 21/09/2025 • 10:30 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Foto por KEVIN DIETSCH / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP
Luis von Ahn, CEO do Duolingo, caminha durante uma manhã na Conferência Allen & Company em Sun Valley, Idaho, em 14 de julho de 2023.
Quando a empresa de ensino de idiomas Duolingo anunciou, em abril, que passaria a adotar uma abordagem “IA em primeiro lugar”, muita gente apostou que viriam demissões.
Cinco meses depois, o Duolingo não demitiu nenhum funcionário contratado em tempo integral. Pelo contrário: está usando inteligência artificial para turbinar a produtividade da equipe, como contou o cofundador e CEO Luis von Ahn no Fast Company Innovation Festival 2025, na terça-feira (16).
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“Com o mesmo número de pessoas, conseguimos produzir quatro ou cinco vezes mais conteúdo no mesmo período”, disse Luis von Ahn. “Ainda precisa de gente para direcionar o computador, mas cada pessoa consegue fazer muito mais.”
Segundo o executivo, a automação trazida pela IA ajuda os engenheiros do Duolingo a criar lições de idiomas, matemática, música e xadrez em ritmo bem mais acelerado. Conforme o anúncio de abril, a companhia tem reduzido gradualmente o uso de prestadores de serviço. Mas a empresa ainda não demitiu nenhum funcionário fixo desde que foi fundada, em 2009, e até aumentou o quadro de pessoal desde abril, afirmou von Ahn.
O Duolingo optou por uma estratégia diferente da adotada por muitas outras empresas de tecnologia que, neste ano, promoveram demissões em massa motivadas pela adoção da inteligência artificial. Em vez de cortar funcionários, a empresa investe em ferramentas de IA para amplificar a capacidade de trabalho dos colaboradores.
Von Ahn destacou que o principal objetivo não é reduzir custos com pessoal, mas sim potencializar a produção e a inovação. “O objetivo não é economizar dinheiro. O objetivo não é substituir os funcionários”, afirmou. “A ideia é fazer muito mais… com um número um pouquinho maior de pessoas.”
Esse posicionamento tem refletido nos resultados financeiros da companhia. Em agosto, o Duolingo elevou suas projeções para o faturamento anual, que agora pode chegar a US$ 1,02 bilhão (R$ 5,41 bilhões) em 2025, superando as expectativas iniciais de US$ 996,6 milhões (R$ 5,28 bilhões).
Entre as iniciativas de inteligência artificial que a empresa vem desenvolvendo, destaca-se a Lily, uma agente virtual que auxilia usuários na prática de conversação via videochamada, proporcionando uma experiência mais interativa e personalizada.
Além disso, o Duolingo incorporou aulas de xadrez, que começaram como um experimento interno com foco em “IA para criar clima”, desenvolvido por um designer e um gerente de produto. Essas aplicações demonstram a versatilidade da tecnologia para ampliar o alcance e a variedade do conteúdo educacional oferecido.
As declarações de von Ahn ecoam as posições de outros líderes do setor tecnológico, como Chuck Robbins, CEO da Cisco Systems, que em entrevista à CNBC afirmou não ter intenção imediata de usar IA para cortes de pessoal. “Não quero sair demitindo um monte de gente agora”, disse Robbins, ressaltando o desejo de que a IA aumente a inovação e a produtividade da equipe, conferindo vantagem competitiva.
No entanto, ele ponderou que, no longo prazo, a eficiência trazida pela IA poderá levar a uma redução na contratação de novos funcionários. “Ainda é cedo”, avaliou, sugerindo que o impacto da tecnologia no mercado de trabalho ainda está em fase inicial de avaliação.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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