Petróleo fecha em baixa com sanções da União Europeia à Rússia e alta do dólar

O petróleo terminou esta sexta-feira (19) em queda, pressionado pela avaliação do novo pacote de sanções da União Europeia contra a Rússia e pela valorização do dólar. Comentários do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre os preços da commodity também pesaram nas negociações.

O contrato do WTI para novembro, negociado na Nymex, recuou 1,36% (US$ 0,86, cerca de R$ 4,56), fechando a US$ 62,40 (R$ 330,79) o barril. Já o Brent para dezembro, referência global na ICE de Londres, caiu 1,31% (US$ 0,88 – R$ 4,67), a US$ 66,04 (R$ 350,09) o barril.

Na semana, os dois contratos acumularam perdas: o WTI recuou 0,4% e o Brent 1,4%.

O novo pacote da Comissão Europeia amplia as restrições a bancos, petroleiros e compradores de petróleo russo, além de reduzir o teto do preço do barril, intensificando a pressão sobre as exportações de Moscou.

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As medidas foram anunciadas pela manhã pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Robert Yawger, do banco Mizuho, comentou que as 18 rodadas anteriores de sanções impostas pela Europa desde a invasão da Ucrânia em 2022 “foram em boa parte ineficazes para interromper o fluxo das exportações de petróleo russo”.

De acordo com o MUFG, a valorização do dólar e a retomada mais rápida da produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) também continuam pesando sobre os preços.

Mesmo assim, ainda há preocupação com possíveis interrupções no fornecimento russo após recentes ataques da Ucrânia à infraestrutura energética, além do pedido de Trump para que países aliados da Otan parem de comprar petróleo russo.

Para analistas do ANZ Research, porém, a declaração do presidente Trump de que prefere preços baixos do petróleo a sancionar a Rússia diminuiu os temores de cortes na oferta. Trump afirmou a jornalistas que “se conseguirmos baixar o preço do petróleo, a guerra acaba”, sinalizando que quer limitar o dinheiro que a Rússia ganha com o petróleo para sustentar o conflito na Ucrânia, segundo os analistas.

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Chico Fireman

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