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China mantém superávit recorde apesar das tarifas impostas pelos EUA
Publicado 25/09/2025 • 19:59 | Atualizado há 4 horas
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Publicado 25/09/2025 • 19:59 | Atualizado há 4 horas
KEY POINTS
Em entrevista ao programa Fast Money, da Times Brasil – Conteúdo Licenciado CNBC, Felipe Tanus, diretor de crédito da Allianz Trade no Brasil, analisou os impactos das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre a China e destacou que, mesmo com a pressão da guerra comercial, o país asiático registrou um superávit recorde de exportações, com transações que chegaram a US$ 1,2 trilhão.
“Esse desempenho acima do esperado foi sustentado, primeiro por uma demanda externa particularmente robusta, além de uma demanda doméstica razoavelmente sólida”, explicou Tanus. Segundo ele, os números reforçam a capacidade da China de se adaptar às mudanças no comércio internacional e de manter sua relevância como segunda maior economia do mundo.
O analista explicou que as tarifas lançadas pelo governo Donald Trump tinham como objetivo proteger a economia estadunidense, mas acabaram incentivando a China a buscar novos parceiros e diversificar mercados.
De acordo com Tanus, um relatório da Allianz Trade conduzido entre março e abril com mais de 4.500 empresas mostrou que a imprevisibilidade da política comercial dos EUA reduziu a confiança de quase metade dos exportadores, que projetam queda de faturamento entre 2% e 10% nos próximos 12 meses.
“Quando a gente pensa em China, 77% das empresas chinesas buscam diversificação e aumento de investimentos em áreas estratégicas. Em 2025, o nosso relatório mostra que US$ 325 bilhões serão perdidos nas exportações globais, dos quais US$ 96 bilhões provenientes da China”, disse Tanus.
Ele afirmou que, apesar desse cenário, a Allianz Trade elevou sua previsão de crescimento do PIB chinês para 2025 de 4,5% para 4,8%. Ainda assim, projeta uma desaceleração no segundo semestre de 2025 e impactos adicionais em 2026.
Segundo Tanus, as exportações chinesas cresceram quase 6% no primeiro semestre de 2025, impulsionadas pela antecipação de pedidos e pelo redirecionamento de produtos a outros mercados.
“Por mais que as importações americanas de produtos chineses tenham caído 19% no primeiro semestre, reduzindo a participação da China para 9% nas importações dos EUA, o país conseguiu trazer esse resultado recorde”, afirmou.
Ele explicou que empresas estadunidenses não repatriaram a produção, mas recorreram a países como Vietnã, Índia e Tailândia para suprir a demanda.
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O diretor ainda ressaltou que as tarifas não reduziram a dependência de fontes estrangeiras, mas realocaram custos. “Essas mudanças mostram que as tarifas não reduzem necessariamente a dependência das fontes estrangeiras. Elas apenas ajudam a realocar e aumentar os custos ao longo do processo”, destacou.
A Allianz Trade, segundo ele, monitora mais de 85 milhões de empresas no mundo, com mais de € 1 trilhão em exposição concedida. Nesse contexto, a recomendação da companhia é que clientes busquem mercados alternativos que possam suprir os Estados Unidos com qualidade creditícia equivalente.
Questionado sobre o setor imobiliário, que enfrenta desaceleração na China, Tanus afirmou que a força exportadora e o aumento dos investimentos externos sustentam o crescimento chinês. “O Brasil foi o segundo país que mais recebeu investimentos diretos da China no primeiro semestre de 2025, atrás apenas da Indonésia”, disse.
Ele destacou que a China vê no Brasil um parceiro estratégico: o país é fornecedor de matérias-primas como minério de ferro, soja e petróleo, mas ainda carente em infraestrutura e dono de um mercado consumidor robusto. Esse cenário tem atraído especialmente as montadoras chinesas, que ampliam presença no mercado brasileiro.
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