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Paralisação nos EUA: o que está em jogo para a economia global e para o Brasil

Publicado 30/09/2025 • 07:31 | Atualizado há 5 horas

KEY POINTS

  • Shutdown pode paralisar serviços públicos e suspender divulgação de dados econômicos nos EUA.
  • Histórico mostra juros curtos em alta e queda nos longos durante paralisações.
  • Analistas veem efeitos no câmbio e nos investimentos no Brasil.

O governo dos Estados Unidos pode enfrentar um novo shutdown caso o Congresso não aprove o orçamento até hoje, 30 de setembro, último dia do ano fiscal. O termo se refere à paralisação parcial das atividades públicas (não essenciais) por falta de recursos, afetando desde agências federais até o pagamento de servidores considerados não prioritários.

A origem do mecanismo está na lei Anti-Deficiência, de 1884, que impede órgãos federais de gastar acima do limite autorizado sem a aprovação do Congresso. Todos os anos, parlamentares precisam aprovar 12 leis orçamentárias para manter o funcionamento do governo. Quando não há consenso, entram em cena extensões temporárias de gastos conhecidas como continuing resolutions.

Impasse em Washington

Na Câmara dos Representantes, uma extensão temporária já foi aprovada, permitindo a continuidade dos gastos até novembro. No Senado, porém, a maioria republicana precisa de apoio dos democratas para avançar.

O impasse está nas prioridades orçamentárias. Pressionados pela ala mais conservadora, republicanos defendem cortes mais profundos em programas sociais e redução geral das despesas, alegando que o déficit segue em trajetória insustentável. Democratas, por sua vez, defendem a manutenção de investimentos em saúde, educação e infraestrutura, argumentando que os cortes propostos afetariam milhões de famílias.

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O que dizem os casos anteriores

Dois episódios recentes ajudam a entender os efeitos de uma paralisação. Em 2013, o shutdown durou 16 dias; entre 2018 e 2019, chegou a 35 dias, o mais longo da história. Nesses períodos, os juros de curto prazo subiram, refletindo a incerteza política, enquanto os juros longos recuaram pela busca de ativos seguros, movimento conhecido como flight to quality.

O Escritório de Orçamento do Congresso (CBO) estimou que o shutdown de 2018–2019 retirou US$ 11 bilhões do PIB, dos quais US$ 3 bilhões não foram recuperados, por conta de salários atrasados e serviços suspensos.

Expectativas para o episódio atual

Para o economista André Perfeito, os movimentos de mercado devem repetir o padrão histórico: pressão nos juros curtos e queda dos longos. Ele observa que os títulos de 30 anos dos EUA já apresentaram recuo nos últimos dias, reflexo da demanda por segurança.

Segundo ele, esse cenário pode beneficiar o Brasil. “A queda dos juros longos americanos melhora o diferencial em direção ao Brasil. Mesmo com a incerteza, há espaço para o real buscar romper o suporte de R$ 5,30”, afirma.

Impactos sobre Brasil e mercados emergentes

Com a suspensão dos dados econômicos durante o shutdown, o Federal Reserve perde visibilidade para calibrar suas decisões de juros, aumentando a volatilidade no curto prazo.

No Brasil, analistas projetam três canais principais de impacto:

  1. Juros: queda nos yields longos americanos tende a aliviar a curva local, especialmente nos títulos pré-fixados longos.
  2. Bolsa: momentos de aversão a risco pressionam ações de maior volatilidade, mas podem favorecer setores defensivos e companhias ligadas à queda de juros.
  3. Câmbio: o dólar costuma se fortalecer em períodos de incerteza, mas a queda dos juros longos nos EUA pode reduzir parte dessa pressão sobre o real.

Cenários possíveis

Uma aprovação rápida de extensão no Congresso tende a reduzir os efeitos iniciais nos mercados. Já um shutdown prolongado, como o de 2018–2019, pode gerar perdas de PIB, aumentar a pressão política e manter os investidores em busca de proteção por mais tempo.

Para o Brasil, a evolução das negociações em Washington será determinante para definir o comportamento dos juros, da bolsa e do câmbio nas próximas semanas.

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