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Enquanto bares vão às redes sociais para trazer clientes de volta, Fiesp aponta: falsificação de bebidas e alimentos movimenta R$ 662 mi — só em SP

Publicado 02/10/2025 • 22:18 | Atualizado há 3 horas

KEY POINTS

  • Donos de bares relatam queda no movimento e cancelamento de reservas após denúncias.
  • Setor de bebidas perdeu R$ 88 bilhões entre 2023 e 2024 por falsificação e sonegação.

Unsplash.

Em meio à crise da contaminação por metanol, que já provocou seis mortes, — uma delas já comprovadamente causada por consumo de bebida alcoólica adulterada — a Fiesp divulgou um dado alarmante sobre a falsificação de bebidas e alimentos somente em São Paulo. Segundo o Anuário de Mercados Ilícitos 2025, essas operações ilegais movimentaram R$ 662,27 milhões somente no ano passado, um prejuízo que pode aumentar com a perspectiva de perdas no setor de bebidas, que já passa de 12%.

Em São Paulo, além da morte já comprovada por ingestão de bebida alcoólica adulterada, outros cinco continuam em apuração. Foram notificados 59 casos de intoxicação pela substância, sendo que em 12 houve a confirmação da presença de metanol no sangue da pessoa contaminada. Quarenta e oito casos ainda estão em investigação.

Os recentes episódios de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas em São Paulo têm provocado efeitos além da saúde pública. Proprietários de bares relatam redução de consumo, cancelamentos de reservas e maior desconfiança dos clientes em relação à procedência das bebidas.

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Impacto no setor

A Associação de Bares e Baladas de São Paulo (Apressa) informou que pretende realizar uma pesquisa para dimensionar os impactos econômicos da crise. De forma preliminar, os relatos dos empresários apontam para retração no movimento, cancelamento de reservas e maior pressão dos consumidores por garantias de qualidade.

Gabriel Fullen, sócio do Exímia Bar, em São Paulo, acrescenta a essa lista a redução de consumo de bebidas alcoólicas e o aumento dos custos operacionais com a contratação de novas frentes para auditorias internas. Mas destaca que o momento reforça a valorização de produtos com origem comprovada.

Diante da preocupação dos clientes, a estratégia dos bares foi reiterar o compromisso com ações de conformidade sanitária através das redes sociais. “Fizemos um post no Instagram justamente para tranquilizar os clientes em relação à segurança e à procedência das bebidas”, comenta Marcelo Malanconi, criador e sócio do HIDEOUT SPEAKEASY, em Santos.

Bares como Koya88, Guarita Bar, Baretto-Fasano e Barouche também recorreram às redes para prestar esclarecimentos na tentativa de tranquilizar clientes.

Bares de SP enfrentam queda no movimento após mortes suspeitas por bebidas adulteradas.

No The Punch Bar, na capital paulista, a sócia Naomi Miyazaki reconhece a apreensão do público: “Nós também ficamos receosos onde nós, nossos familiares e amigos vão beber”. Já para Ricardo Miyazaki, também sócio da casa, a insegurança causada por esses casos de metanol prejudica não só os bares, mas também restaurantes e, claro, a sociedade como um todo. “Acredito que afete a todos. Uns mais, outros menos”, relata.

Juliana Primon
Empresários relatam cancelamento de reservas e aumento de custos com auditorias.

Entidades reforçam alerta para saúde pública e prejuízos econômicos

A Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) classificou os casos de intoxicação por bebidas adulteradas como “um alerta grave de saúde pública”. A entidade ressalta que bares e restaurantes também são vítimas da adulteração, já que enfrentam prejuízos com a desconfiança dos consumidores.

Na mesma linha, a ABCF (Associação Brasileira de Combate à Falsificação) divulgou balanço que estima prejuízos de R$ 88 bilhões apenas no setor de bebidas no Brasil devido à falsificação, contrabando e pirataria, incluindo R$ 29 bilhões em sonegação tributária.

A entidade aponta a atuação do crime organizado como fator agravante e relaciona o recente aumento dos casos de intoxicação com possíveis revendas clandestinas de metanol, originalmente importado para adulteração de combustíveis.

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