Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no
Putin alerta para ‘nova etapa de escalada’ se os EUA fornecerem mísseis de longo alcance à Ucrânia
Publicado 03/10/2025 • 08:42 | Atualizado há 2 meses
Câmara aprova por ampla maioria projeto que libera arquivos de Jeffrey Epstein
Príncipe herdeiro da Arábia Saudita vai aos EUA em primeira visita desde assassinato de jornalista opositor
Aposta de Buffett no Google vem duas décadas após fundadores dizerem que IPO foi “inspirado” pelo bilionário
Diretor do Fed defende corte de juros e cita preocupação com mercado de trabalho
CEO da Nvidia, Jensen Huang, surpreende com previsão de “meio trilhão” às vésperas de balanço
Publicado 03/10/2025 • 08:42 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Vyacheslav PROKOFYEV / POOL / AFP
O presidente russo, Vladimir Putin
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, advertiu que o possível fornecimento de mísseis de longo alcance à Ucrânia marcaria uma “etapa completamente nova de escalada” entre Washington e Moscou.
Falando na quinta-feira (2) em um fórum na cidade russa de Sochi, no Mar Negro, Putin admitiu que o envio dos “poderosos” mísseis de cruzeiro Tomahawk, fabricados nos Estados Unidos, representaria uma ameaça à Rússia, mas não alteraria a situação no campo de batalha.
“Os Tomahawks podem nos prejudicar? Podem. Mas nós os derrubaremos e vamos aprimorar nosso sistema de defesa aérea”, disse Putin, segundo tradução da NBC, do mesmo grupo da CNBC.
“Usar Tomahawks sem a participação direta de militares americanos é impossível. Isso significaria uma nova etapa qualitativa, totalmente nova, de escalada entre a Rússia e os EUA”, acrescentou.
Leia também:
Guerra na Ucrânia: Trump se diz decepcionado com Putin e promete ação decisiva
Putin acusa EUA de usar guerra na Ucrânia para justificar tarifas ao Brasil
Comissário europeu de Defesa não acredita que Putin irá assinar acordo de paz
As declarações ocorrem pouco depois de notícias de que os Estados Unidos forneceriam à Ucrânia informações de inteligência sobre alvos de infraestrutura energética de longo alcance, localizados em território russo. A medida representaria uma mudança significativa no apoio da Casa Branca a Kyiv.
O Wall Street Journal e a Reuters, citando autoridades americanas não identificadas, informaram na quarta-feira (1º) que o governo do presidente Donald Trump aprovou o compartilhamento de inteligência com a Ucrânia e avalia o envio de mísseis de cruzeiro Tomahawk para Kyiv.
A CNBC entrou em contato com a Casa Branca para comentar o assunto.
O fornecimento dos mísseis Tomahawk, que têm alcance de pelo menos 2.400 quilômetros, aumentaria significativamente a capacidade da Ucrânia de atingir alvos em território russo.
Putin responde a críticas de “tigre de papel”
Questionado sobre a recente declaração de Trump, que caracterizou a Rússia como um “tigre de papel”, Putin afirmou que as tropas russas “mantêm com confiança” a iniciativa estratégica e estão avançando na Ucrânia.
“Mas se estamos lutando contra todo o bloco da OTAN e seguimos avançando, confiantes, e isso é um tigre de papel. Então o que dizer da própria OTAN? O que ela representa?”, disse Putin.
A expressão “tigre de papel” normalmente se refere a uma força que aparenta ser poderosa, mas é ineficaz.
O presidente dos EUA, em uma mudança significativa de discurso, também disse no mês passado que a Ucrânia poderia recuperar territórios tomados pela Rússia.
Em uma publicação feita em suas redes sociais no dia 23 de setembro, Trump afirmou que sua visão veio após “conhecer e compreender totalmente” a situação militar e econômica de Rússia e Ucrânia, destacando o que chamou de “problemas econômicos” enfrentados por Moscou em razão do conflito.
O presidente americano já havia sugerido anteriormente que a Ucrânia precisaria estar aberta a ceder parte de seu território em negociações de paz — processo que Washington tenta mediar desde o início do segundo mandato de Trump.
Enquanto isso, a Rússia se prepara para aumentar impostos sobre empresas e consumidores, em busca de novas formas de sustentar sua economia voltada para a guerra, após mais de três anos e meio de conflito.
Líderes políticos da União Europeia apoiaram na quarta-feira (1º) os planos para a criação de um chamado “muro de drones” na fronteira leste do bloco, com o objetivo de reforçar a defesa e conter a Rússia após uma série de incursões no espaço aéreo nas últimas semanas.
Grandes empresas de defesa receberam bem a ideia, embora a Comissão Europeia, braço executivo da UE, ainda não tenha apresentado um plano de financiamento e operação do projeto.
Putin afirmou nesta quinta-feira que o Kremlin está “monitorando de perto” o que descreveu como a “crescente militarização da Europa. Isso é apenas conversa vazia ou chegou a hora de tomarmos contramedidas?”.
Polônia, Estônia, Lituânia e Romênia — membros da UE e da OTAN no flanco norte e leste da Europa, próximos à Rússia — relataram recentemente incursões aéreas envolvendo supostos jatos ou drones russos.
Alemanha, Dinamarca e Noruega também registraram nos últimos dias a presença de drones não identificados em seus espaços aéreos, episódios que causaram grande impacto em aeroportos e no tráfego aéreo.
A Rússia, por sua vez, negou ser responsável pelas provocações com drones contra seus vizinhos europeus, classificando as acusações como “infundadas”.
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
Mais lidas
1
O que acontece agora com quem tem CDBs do Banco Master?
2
Banco Master: crise expõe risco que investidores, empresas e até aposentados correm quando ultrapassam limite do FGC
3
Um mercado de bilhões: Boticário lança departamento de pesquisa após disparada de vendas de hair care; conheça
4
Embraer faz acordos com empresas dos Emirados Árabes no setor de defesa
5
Trump chama repórter de “porquinha” durante coletiva de imprensa sobre Epstein; vídeo