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Brasileiro viaja igual, mas gasta mais: turismo interno movimenta R$ 22,8 bi; saiba quais os estados onde mais se gasta
Publicado 04/10/2025 • 08:15 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 04/10/2025 • 08:15 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Praia do Patacho, Alagoas
Site do Governo de Alagoas
O brasileiro está viajando menos — mas gastando mais. Segundo a nova edição da Pnad Contínua sobre turismo, divulgada pelo IBGE em parceria com o Ministério do Turismo, os gastos com viagens nacionais que tiveram pernoite chegaram a R$ 22,8 bilhões em 2024, um crescimento de 11,7% em relação a 2023.
O avanço consolida a recuperação do setor após o impacto da pandemia. Há dois anos, o salto já havia sido expressivo: em 2023, os gastos haviam atingido R$ 20,4 bilhões, alta de 77,7% em relação a 2021, período ainda marcado por restrições sanitárias. Os valores são reais, já ajustados pela inflação.
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Apesar do recorde em volume de gastos, o número de viagens se manteve estável: 20,6 milhões em 2024, praticamente o mesmo de 2023. Também ficou inalterada a quantidade de domicílios com ao menos um morador viajante nos três meses anteriores à pesquisa — 15 milhões. Como o total de residências aumentou, a proporção de lares que viajaram caiu ligeiramente, de 19,8% para 19,3%.
“O que vemos é um gasto maior por viagem”, explica o analista William Kratochwill, do IBGE. “Pode ser o tipo de deslocamento, mais longo, ou simplesmente o aumento do custo médio por pessoa.”
De fato, o gasto médio por viagem nacional com pernoite subiu para R$ 1.843, ante R$ 1.706 no ano anterior. O valor diário por pessoa também aumentou: R$ 268, contra R$ 253 em 2023.

Entre os destinos, o Nordeste lidera o ranking: o gasto médio por viagem na região chega a R$ 2.523, bem acima da média nacional. O Sul aparece em segundo lugar (R$ 1.943), seguido por Sudeste (R$ 1.684), Centro-Oeste (R$ 1.704) e Norte (R$ 1.263).
Três estados nordestinos aparecem entre os que mais movimentam recursos por viagem:
Na outra ponta, os menores gastos médios estão no Norte:
Quando se observa a origem das viagens, o Distrito Federal lidera com folga — viajantes de lá gastam em média R$ 3.090 por viagem, seguidos pelos de São Paulo (R$ 2.313). A explicação, segundo o IBGE, está no alto poder aquisitivo local.
A pesquisa confirma o peso da renda na decisão de viajar. Nos domicílios com renda per capita inferior a meio salário mínimo, o gasto médio é de apenas R$ 802. Já entre famílias com quatro ou mais salários mínimos, o valor chega a R$ 3.032.
E o motivo mais citado para não viajar é simples: falta de dinheiro. Quatro em cada dez entrevistados (39,2%) apontaram essa razão — o dobro do segundo motivo, falta de tempo (19,1%). Entre famílias com renda menor que dois salários mínimos, o percentual sobe para 55,3%. Nos lares mais ricos, o problema passa a ser outro: tempo livre, mencionado por 33,2% das famílias com renda de quatro ou mais mínimos.
Os dados revelam uma desigualdade marcante: 78,7% dos lares brasileiros têm renda per capita abaixo de dois salários mínimos, mas representam apenas 61,1% dos domicílios que viajaram em 2024. Enquanto a média nacional de lares viajantes é 19,3%, esse número cai para 10,4% entre as famílias mais pobres e sobe para 45,7% entre as mais ricas.
A imensa maioria das viagens — 96,7% — é feita dentro do país. E quase todas acontecem dentro da mesma região: 80,9% das viagens nacionais ficaram “em casa”, com deslocamentos entre estados vizinhos.
Três em cada quatro viagens (75,5%) duraram até cinco noites. E o avião ultrapassou o ônibus como o segundo meio de transporte mais usado nas viagens pessoais, atrás apenas do automóvel.
O Distrito Federal também se destaca como a unidade com maior proporção de domicílios viajantes: 26,7%, contra 19,4% da média nacional. Além da renda, há um componente afetivo, aponta Kratochwill: “É uma região com muitos migrantes. É natural que haja mais deslocamentos para visitar familiares em outros estados.”
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