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O logotipo da Paramount Pictures é exibido em frente aos Estúdios Paramount em 31 de janeiro de 2024, em Los Angeles, Califórnia. O magnata da mídia Byron Allen fez uma oferta para comprar a Paramount Global em um acordo avaliado em US$ 30 bilhões, incluindo dívidas, de acordo com um porta-voz do Allen Media Group. Mario Tama/Getty Images/AFP (Foto de MARIO TAMA / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)

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Empresas & Negócios

Corona reporta queda nas vendas de cerveja; tarifas aumentam custo de matéria-prima

Publicado 07/10/2025 • 08:49 | Atualizado há 5 horas

KEY POINTS

  • Constellation Brands reduz vendas e mantém previsão menor de lucro para 2026.
  • Tarifas de Trump e custos com alumínio pressionam a margem da companhia.
  • Custos com alumínio e demanda mais fraca pressionam margens da companhia.

A Constellation Brands, dona das marcas Corona e Modelo Especial, reportou na segunda-feira (6) uma queda de 7% nas vendas de cerveja no segundo trimestre fiscal de 2026 (encerrado em 31 de agosto), impactada pela menor demanda do consumidor e pela alta de custos de produção provocada pelas tarifas impostas pelo governo Donald Trump.

O aumento dos custos com alumínio e insumos, somado a um ambiente macroeconômico mais fraco, pressionou as margens e desacelerou o desempenho da companhia nos Estados Unidos, seu principal mercado.

Segundo o balanço, o lucro líquido foi de US$ 466 milhões, ou US$ 2,65 por ação, revertendo o prejuízo de US$ 1,2 bilhão do mesmo período de 2024. Na base ajustada, o lucro por ação ficou em US$ 3,63, acima da expectativa de US$ 3,38, enquanto a receita líquida somou US$ 2,48 bilhões, uma queda de 15% em relação ao ano anterior.

Ações

As ações da Constellation Brands subiram cerca de 3,3% no after market após o resultado superar as projeções de Wall Street. Ainda assim, os papéis acumulam queda de 37,2% em 2025, reflexo das preocupações com a redução da demanda e o impacto das tarifas no custo de produção.

Durante a teleconferência, executivos afirmaram que o comportamento do consumidor permanece “deprimido”, segundo dados da Universidade de Michigan e pesquisas internas.

A empresa destacou que mais de 80% dos consumidores hispânicos e não hispânicos seguem preocupados com o cenário econômico e 70% demonstram receio em relação às finanças pessoais.

Esse público — responsável por cerca da metade das vendas de cerveja da companhia nos EUA — tem reduzido o consumo em bares, eventos e lojas de conveniência.

A Constellation também associou a retração às políticas migratórias mais rígidas e ao temor de deportações, o que tem afastado consumidores hispânicos de espaços públicos.

Queda nas vendas e impacto das tarifas

O segmento de cervejas, principal fonte de receita da empresa, registrou volume vendido 8,7% menor e queda de 2,7% nas vendas líquidas. A margem operacional caiu 200 pontos-base, para 40,6%, pressionada pelos aumentos de custos e pelas tarifas sobre alumínio, além de maior gasto em marketing.

As marcas mais importantes também tiveram retração:

  • Modelo Especial caiu pouco mais de 4%;
  • Corona Extra, cerca de 7%;
  • Modelo Chelada, quase 3%.

Em contrapartida, Pacífico e Victoria registraram alta de 14% e 19%, respectivamente.

“Mesmo enfrentando um ambiente socioeconômico difícil, continuamos focados em nossos objetivos estratégicos: ampliar distribuição, investir em inovação e fortalecer nossas marcas”, afirmou o CEO Bill Newlands.

Lucro ajustado e previsões mantidas

A Constellation manteve a projeção de lucro ajustado por ação entre US$ 11,30 e US$ 11,60 para o ano fiscal de 2026, faixa revisada para baixo em setembro.

A previsão anterior era de US$ 12,60 a US$ 12,90. A empresa também reafirmou a expectativa de queda nas vendas orgânicas entre 4% e 6%, refletindo cautela diante do ambiente de consumo.

Para o segmento de cervejas, a companhia prevê recuo entre 2% e 4% nas vendas e de 7% a 9% no lucro operacional até fevereiro de 2026.

No trimestre, foram recomprados US$ 604 milhões em ações, e a companhia anunciou dividendo trimestral de US$ 1,02 por ação.

Vinho e destilados em retração

O segmento de vinhos e destilados teve queda de 65% na receita e redução de 76% no volume embarcado, resultado da venda de marcas e ativos, como o destilado SVEDKA e parte do portfólio de vinhos da empresa, negociados em 2025.

O segmento passou a operar com prejuízo de US$ 19,8 milhões, ante lucro de US$ 70,5 milhões um ano antes.

Apesar disso, a Constellation informou que o portfólio remanescente de vinhos e destilados premium superou o desempenho médio do setor em vendas e volume, segundo dados da Circana.

Perspectivas e operação global

Com sede em Nova York e operações nos Estados Unidos, México, Nova Zelândia e Itália, a Constellation Brands é uma das maiores produtoras e distribuidoras de cerveja, vinho e destilados premium do mundo.

Seu portfólio inclui Corona Extra, Modelo Especial, Robert Mondavi Winery, Kim Crawford, The Prisoner Wine Company, High West e Casa Noble.

A empresa encerrou o semestre com fluxo de caixa operacional de US$ 1,5 bilhão e caixa livre de US$ 1,1 bilhão, mantendo alto investimento nas operações de cerveja no México.

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