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Shell critica Trump e projeta prejuízo de US$ 600 milhões após cancelar projeto de biocombustíveis
Publicado 07/10/2025 • 18:34 | Atualizado há 5 horas
Publicado 07/10/2025 • 18:34 | Atualizado há 5 horas
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Logo da Shell
A Shell anunciou que registrará um prejuízo de US$ 600 milhões no terceiro trimestre de 2025 após desistir de um projeto de biocombustíveis em Roterdã, na Holanda. O valor total de perdas e provisões ligadas ao empreendimento chega a US$ 1,4 bilhão, segundo comunicado divulgado pela empresa.
O projeto, aprovado em 2021 para produzir cerca de 820 mil toneladas de biocombustíveis por ano, havia sido suspenso no ano passado e foi definitivamente cancelado em setembro por não ser economicamente competitivo. A decisão marca um revés simbólico para a estratégia de transição energética da companhia, que tem buscado equilibrar rentabilidade e descarbonização.
Apesar das perdas, a Shell elevou suas projeções de produção de gás natural liquefeito (GNL) — entre 7 milhões e 7,4 milhões de toneladas — e aumentou a margem indicativa de refino, de US$ 8,9 para US$ 11,6 por barril, refletindo o reposicionamento de foco em combustíveis fósseis e negócios de maior retorno.
Nos Estados Unidos, a presidente da Shell no país, Colette Hirstius, afirmou que as medidas do governo Donald Trump contra projetos de energia eólica offshore são “muito prejudiciais” aos investimentos e à economia norte-americana.
Em entrevista ao Financial Times, publicada no domingo (5), Colette defendeu uma regulamentação mais previsível para o setor e criticou a suspensão de projetos que já haviam recebido licenças ambientais.
“A incerteza regulatória é muito prejudicial. Por mais que o pêndulo balance para um lado, é provável que balance igualmente para o outro depois”, afirmou.
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Ela defendeu que empreendimentos autorizados “deveriam ser autorizados a prosseguir”, e que o mesmo princípio deveria se aplicar às operações da Shell no Golfo da América — novo nome dado pelo governo Trump ao Golfo do México, onde a empresa mantém 11 instalações offshore e investe cerca de US$ 10 bilhões por ano.
Colette, que assumiu o comando da Shell nos EUA em agosto, manteve o cargo de vice-presidente executiva do Golfo da América e destacou que a companhia não recuará de seu plano de negócios, mesmo diante das restrições impostas tanto pelo atual governo quanto pelas mudanças regulatórias herdadas da gestão Joe Biden.
“Quando falamos sobre a cultura dentro da Shell, a diversidade e a inclusão fazem parte da nossa base e impulsionam oportunidades de negócios. Não gostaríamos de nos afastar disso”, afirmou.
Com presença nos Estados Unidos há quase oito décadas, a Shell vive um momento de reavaliação global de portfólio: sai de um projeto bilionário de energia renovável na Europa, enquanto enfrenta barreiras políticas e regulatórias em sua principal operação no mercado americano — um retrato das tensões que definem o futuro da transição energética das grandes petroleiras.
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