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Loja da Shein em Paris provoca reação negativa no setor de moda francês

Publicado 09/10/2025 • 09:30 | Atualizado há 8 horas

AFP

KEY POINTS

  • Shein anuncia primeira loja física na França e enfrenta resistência do setor de moda.
  • Marcas francesas deixam o BHV Marais após parceria com a gigante chinesa.
  • Comissão Europeia investiga práticas ambientais e trabalhistas da Shein.

A decisão da gigante asiática de e-commerce Shein de abrir sua primeira loja física permanente em Paris causou forte reação no setor de moda francês.

A varejista instalará em novembro uma megaloja no BHV Marais, edifício histórico localizado em frente à Prefeitura de Paris, inaugurado em 1856. O anúncio provocou protestos de marcas locais e gerou novas críticas ao modelo de negócios da companhia.

Algumas grifes francesas, como a linha de cosméticos Aime, anunciaram que deixarão o BHV após a confirmação da parceria. A cofundadora Mathilde Lacombe disse estar “profundamente chocada” com a decisão.

A Federação Francesa de Pronto-a-Vestir Feminino (FFPAPF) afirmou que a presença da Shein é um “retrocesso” para o comércio local.

“Diante da Prefeitura de Paris, será criada uma megaloja que, depois de destruir dezenas de marcas francesas, pode inundar ainda mais o mercado com produtos descartáveis”, declarou a entidade.

BHV (Bazar dde l’Hôtel de Ville in Paris, view from rue des Archives

Reações políticas e ambientais

A Shein, fundada na China e atualmente sediada em Cingapura, é alvo de críticas internacionais por seu impacto ambiental e pelas condições de trabalho em sua cadeia de produção.

A Comissão Europeia investiga a empresa por riscos ligados à venda de produtos ilegais. Em setembro, o Parlamento Europeu aprovou uma legislação para conter os efeitos ambientais da chamada “moda ultrarrápida”.

“O anúncio vai contra nossas convicções”, afirmou Christophe Béchu, ex-ministro francês da Transição Ecológica.

Em resposta, o presidente executivo da Shein, Donald Tang, disse que a abertura é uma homenagem à moda francesa.

“Escolher a França para testar o varejo físico é uma forma de reconhecer sua posição como capital da moda e celebrar seu espírito criativo”, afirmou.

Repercussões comerciais

Além da loja no BHV Marais, a Shein planeja abrir unidades nas Galeries Lafayette de Dijon, Reims, Grenoble, Angers e Limoges.

Todas as lojas são administradas pelo grupo Société des Grands Magasins (SGM), que pretende comprar o prédio do BHV Marais da Galeries Lafayette. Mas a negociação foi abalada após o Banco de Territórios, que financiaria parte da compra, desistir do apoio por “falta de confiança” depois de saber da parceria com a Shein pela imprensa.

A SGM atribuiu a decisão a “pressões políticas”, mas disse que manterá o plano de aquisição.

A Galeries Lafayette, por sua vez, declarou “profundo desacordo” com a abertura das lojas da Shein.
“As práticas e o posicionamento dessa marca estão em contradição com nossos valores e nossa oferta”, afirmou a empresa em nota.

BHV (Bazar dde l’Hôtel de Ville in Paris, view from rue des Archives

Saída de marcas e atrasos de pagamento

Mesmo antes do anúncio da Shein, o BHV Marais já enfrentava abandono de marcas de luxo devido a atrasos em pagamentos.

A SGM justificou os atrasos citando a implementação de um novo sistema automatizado e negou problemas de caixa, destacando que o BHV voltou ao lucro em 2024.

Ainda assim, há vários espaços vazios e queda no movimento do centro de compras, que emprega cerca de 750 pessoas.

A marca francesa de roupas íntimas Le Slip Français entrou na Justiça contra a SGM, alegando atraso no repasse de receitas.

“É um parceiro em que não confiamos mais”, disse o fundador Guillaume Gibault. “O acordo com a Shein só confirmou que tomamos a decisão certa ao sair do BHV Marais.”

Publicité pour le Bazar de l’Hôtel de Ville parue dans la revue L’Œuvre d’art du 20 janvier 1895.
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