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Endividamento recorde impulsiona brasileiros a recorrer ao crédito com garantia imobiliária

Publicado 15/10/2025 • 13:00 | Atualizado há 5 horas

KEY POINTS

  • Quase 80% das famílias brasileiras estão endividadas, segundo a CNC.
  • Home equity oferece juros menores e prazos maiores, mas exige disciplina financeira.
  • Especialista alerta que atrasos podem levar à perda do imóvel e agravar o endividamento.

O aumento do endividamento das famílias brasileiras está levando milhões de pessoas a buscarem novas formas de crédito para equilibrar as contas. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), da Confederação Nacional do Comércio (CNC), oito em cada dez lares do país possuem dívidas em aberto.

Já dados do Banco Central mostram que 48% da renda familiar está comprometida, sendo 26% destinada ao pagamento de dívidas — o maior nível desde que a série histórica começou.

Com o orçamento pressionado e o crédito tradicional cada vez mais caro, cresce o interesse pelo crédito com garantia imobiliária, também conhecido como home equity. O modelo permite que o proprietário ofereça um imóvel como garantia para obter empréstimos com juros mais baixos, prazos longos e valores mais altos do que nas linhas convencionais.

A modalidade, que ainda representa uma fatia pequena do mercado de crédito, vem ganhando força em meio ao endividamento recorde. Para muitos, é uma alternativa para quitar débitos mais caros ou reorganizar o orçamento. Mas, segundo Daniel Gava, CEO e fundador da Rooftop, o instrumento exige cautela e planejamento rigoroso.

“A principal dificuldade observada entre os tomadores é justamente a manutenção dos pagamentos em dia. O saldo devedor cresce a uma taxa próxima de 30% ao ano, e atrasos podem gerar juros, multas e até a perda do imóvel”, afirma o executivo.

Gava destaca que o home equity pode ser útil para quem tem renda estável e controle financeiro, mas pode se transformar em armadilha quando usado sem planejamento.

“Quando o orçamento já está apertado ou sujeito a mudanças bruscas, a operação pode rapidamente se tornar um problema ainda maior no médio prazo”, apontou.

Além do risco de inadimplência, o especialista alerta para custos ocultos que encarecem a operação: taxas administrativas, seguros obrigatórios, tarifas de avaliação do imóvel, encargos de correção monetária e multas em caso de quitação antecipada.

“O peso total do compromisso financeiro pode ser muito mais alto do que o inicialmente imaginado. Algumas instituições, inclusive, enxergam a retomada do imóvel como parte do modelo de negócio”, diz Gava.

Antes de recorrer ao crédito com garantia imobiliária, o especialista recomenda refletir sobre seis pontos fundamentais: quanto da renda será comprometida, a estabilidade da renda, o total de juros e encargos envolvidos, taxas adicionais, o risco real de perder o bem e a existência de uma reserva para emergências.

Caso as respostas revelem fragilidade financeira, alternativas mais conservadoras, como reduzir o padrão de vida (downgrade) ou trocar o imóvel por outro de menor valor (downsize), podem ser opções mais seguras.

“Muitas vezes, é melhor se adaptar e preservar o patrimônio do que comprometer tudo e correr o risco de perder o bem”, afirma Gava.

O crescimento do home equity reflete a busca por liquidez em meio à renda apertada, mas também expõe os limites da capacidade de endividamento das famílias brasileiras. Sem planejamento, a tentativa de aliviar o orçamento pode se transformar em um novo ciclo de dívida e perda patrimonial, num país onde a casa própria continua sendo o principal ativo da população.

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