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Com capacidade de 3,5 milhões de toneladas, nova fábrica da Arauco consolida MS como ‘Vale da Celulose’
Publicado 17/10/2025 • 10:43 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 17/10/2025 • 10:43 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Divulgação/Arauco
Projeto Sucuriú
A chilena Arauco deu início ao que promete ser um dos maiores investimentos industriais em andamento no Brasil: a construção de uma fábrica de celulose com capacidade anual de 3,5 milhões de toneladas, no município de Inocência (MS). O projeto, batizado de Sucuriú, prevê aporte de US$ 4,6 bilhões (cerca de R$ 25 bilhões) e deve entrar em operação no fim de 2027.
“O tamanho e a escala do projeto são enormes, o que permitirá à empresa ter economias de escala relevantes na produção e exportação de celulose aos mercados globais”, avalia Rafael Barisauskas, analista da Fastmarkets, em entrevista à reportagem.
Com essa nova unidade, a empresa busca consolidar sua presença no Brasil, em um mercado já dominado por gigantes do setor. Mato Grosso do Sul, inclusive, passou a ser conhecida oficialmente como o “Vale da Celulose”. Só na região, destacam-se a nova fábrica da Bracell, em Água Clara; a ampliação da Eldorado, em Três Lagoas; e o Projeto Cerrado, da Suzano, em Ribas do Rio Pardo.
Em 2024, a produção nacional atingiu recorde de 25,5 milhões de toneladas, segundo relatório da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), um avanço de 5,2% sobre o ano anterior. O Brasil mantém a liderança mundial nas exportações, com 18,6 milhões de toneladas embarcadas e US$ 10,6 bilhões gerados em vendas externas, o equivalente a 67% de todas as exportações do setor florestal.
A entrada da Arauco, no entanto, reacende o debate sobre risco de sobreoferta global. Um especialista do setor, que prefere não ser identificado, alerta que o mercado já opera próximo do limite. “Hoje há muita capacidade ociosa acontecendo ao mesmo tempo. Se novas fábricas entrarem em operação sem aumento proporcional da demanda, os preços podem continuar pressionados”, afirma.
Ele observa ainda que o comércio global de celulose gira em torno de 72 milhões de toneladas, das quais cerca de 37 milhões correspondem à celulose de fibra curta. “Adicionar três milhões de toneladas representa um aumento na oferta. O mercado precisaria crescer na mesma proporção para se manter equilibrado”, explica.
Mesmo com o alerta, o Brasil continua bem posicionado. Para Barisauskas, o país deve seguir como fornecedor estratégico de celulose de fibra curta, especialmente para a China e os Estados Unidos.
“O impacto de novas capacidades sobre os preços depende do balanço global entre oferta e demanda. No curto prazo, há pressão sobre as cotações, mas no médio prazo o mercado se ajusta. Produtores menos eficientes tendem a reduzir a produção”, afirma.
Ele acrescenta que o avanço de projetos como o da Arauco aumenta a competitividade brasileira. “A fábrica se junta à estrutura já existente dentro do país, voltada à exportação, trazendo escala e reforçando o papel do Brasil como um dos principais polos globais de celulose”, diz.
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