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Míssil disparado do Iêmen atinge Tel Aviv e deixa 16 feridos leves após falha de interceptação

Publicado 21/12/2024 • 14:22

AFP

KEY POINTS

  • Um projétil lançado do Iêmen, que o Exército israelense não conseguiu interceptar, deixou 16 pessoas levemente feridas em Tel Aviv neste sábado (21), informaram os serviços de emergência.
  • Os houthis, que controlam boa parte do Iêmen, lançaram mísseis contra Israel em várias ocasiões desde o início da guerra em Gaza, há mais de um ano.
  • A maioria é neutralizada, mas desta vez o exército israelense explicou na plataforma Telegram que identificou "um projétil lançado do Iêmen e efetuou tentativas frustradas" de interceptação.
Os serviços de emergência de Israel trabalham no local de um ataque com míssil que, segundo os militares de Israel, foi lançado do Iêmen e caiu em Jaffa, ao sul de Tel Aviv, Israel.

Os serviços de emergência de Israel trabalham no local de um ataque com míssil que, segundo os militares de Israel, foi lançado do Iêmen e caiu em Jaffa, ao sul de Tel Aviv, Israel.

Reuters.

Um míssil balístico disparado pelos rebeldes houthis do Iêmen atingiu Tel Aviv na madrugada deste sábado (21), deixando 16 pessoas levemente feridas por estilhaços de vidro. O Exército israelense admitiu que tentou, sem sucesso, interceptar o projétil, informaram autoridades locais e os serviços de emergência.

Os houthis, apoiados pelo Irã, reivindicaram a autoria do ataque em um comunicado, afirmando que dispararam um “míssil balístico hipersônico Palestina 2” contra “um alvo militar do inimigo israelense” na área de Jaffa, na zona sul de Tel Aviv. Desde o início da guerra em Gaza, há mais de um ano, o grupo tem lançado mísseis contra Israel em retaliação, mas a maioria tem sido neutralizada.

As equipes de emergência receberam um alerta às 3h48 (22h48 de Brasília, sexta-feira) sobre o ataque em Jaffa. Segundo o serviço Magen David Adom, equivalente à Cruz Vermelha em Israel, as 16 pessoas feridas foram atingidas por pedaços de vidro de janelas que se quebraram com a explosão em prédios próximos.

O médico Yosef Kurdi, que atendeu a ocorrência, relatou que estava em casa quando ouviu “uma forte explosão”. “Segui imediatamente para o local e vi danos significativos provocados pela explosão nos edifícios próximos”, afirmou em um comunicado do Magen David Adom.

Em seu comunicado, os houthis justificaram o ataque como uma resposta aos “massacres contra nosso povo em Gaza” e uma retaliação às “agressões israelenses” no território iemenita. Na quinta-feira (19), um ataque houthi provocou danos significativos em uma escola de Ramat Gan, perto de Tel Aviv, levando o exército israelense a bombardear instalações na capital iemenita, Sanaa, controlada pelo grupo rebelde.

Os bombardeios israelenses atingiram um porto e instalações de energia em Sanaa, deixando pelo menos nove mortos, segundo os houthis. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que os rebeldes estão aprendendo “da maneira mais difícil” que quem ataca Israel “pagará um preço elevado”.

Os houthis integram o chamado “eixo da resistência”, uma rede de grupos vinculados ao Irã e hostis ao Estado de Israel, que inclui o Hezbollah libanês, o Hamas palestino e outros aliados regionais. O conflito escalou à medida que grupos apoiados pelo Irã aumentam os ataques contra Israel, ampliando a tensão no Oriente Médio.

O incidente destaca os desafios enfrentados por Israel em sua defesa contra ataques vindos de múltiplas frentes, com implicações mais amplas para a estabilidade da região.

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