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Os danos do tarifaço aos exportadores: Nordeste cai mais em volume vendido e Sul tem perda maior em dólares, diz FGV

Publicado 21/10/2025 • 12:12 | Atualizado há 6 horas

KEY POINTS

  • Dois meses após a entrada do “tarifaço” dos Estados Unidos, as exportações brasileiras seguem sob forte pressão, com impactos diferentes entre regiões, segundo análise do Centro de Estudos para o Desenvolvimento do Nordeste do FGV IBRE.
  • O levantamento aponta ainda que os efeitos do ajuste tarifário são persistentes e apresentam risco estrutural para setores estratégicos da economia brasileira.

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Dois meses após a entrada do “tarifaço” dos Estados Unidos, as exportações brasileiras seguem sob forte pressão, com impactos diferentes entre regiões, segundo análise do Centro de Estudos para o Desenvolvimento do Nordeste do FGV IBRE.

Enquanto o Nordeste concentra as maiores quedas percentuais, os grandes polos industriais do Sul e Sudeste acumulam as maiores perdas em valor absoluto.

O levantamento aponta ainda que os efeitos do ajuste tarifário são persistentes e apresentam risco estrutural para setores estratégicos da economia brasileira.

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Desempenho percentual

Entre os seis estados com pior desempenho percentual nas exportações para os EUA em setembro de 2025, quatro estão no Nordeste. Os destaques negativos incluem:

  • Mato Grosso: -81,0%
  • Tocantins: -74,3%
  • Alagoas: -71,3%
  • Piauí: -68,6%
  • Rio Grande do Norte: -65,0%
  • Pernambuco: -64,8%

De acordo com o estudo, a vulnerabilidade da região se deve à “pauta muito concentrada, maior presença de itens com tarifa e logística irregular, com embarques concentrados”. Estados com menor diversificação de produtos foram os mais afetados.

Perdas em dólar

Apesar de liderarem as quedas percentuais, os estados do Nordeste não foram os que mais perderam em valor. Minas Gerais, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Paraná registraram os maiores prejuízos em dólares, com efeitos potenciais sobre atividade econômica, emprego e arrecadação. Entre eles:

  • Minas Gerais: queda de US$ 236 milhões (de US$ 466,96 mi para US$ 231,15 mi)
  • Santa Catarina: perda de US$ 95,9 milhões
  • São Paulo: perda de US$ 94 milhões, apesar de queda percentual moderada de 7,7%
  • Rio Grande do Sul: US$ 88,8 milhões
  • Rio de Janeiro: US$ 88,8 milhões
  • Paraná: US$ 82,4 milhões

Nos polos industriais do Sul e em Minas Gerais, a queda de 50% a 56% está ligada à indústria de intermediários, partes e metalurgia. O FGV IBRE alerta que “parte das perdas já assume caráter estrutural, não apenas efeito-calendário”, refletindo antecipação de embarques em meses anteriores.

Produtos isentos atuam como amortecedor

Estados com menor impacto, como São Paulo, se beneficiaram da exportação de produtos isentos de tarifas, que cresceram 14,2% no ano, alcançando US$ 624,45 milhões. Na Bahia, os produtos isentos sustentaram um crescimento anual de 45,5%.

Em outros estados, porém, o efeito protetor falhou. Pernambuco (-95,8%) e Minas Gerais (-51,9%) registraram queda também nos produtos isentos, piorando o resultado total.

Sinais de adaptação em alguns estados

Alguns estados conseguiram reconfigurar sua pauta de exportações. Ceará registrou aumento de 152,9% nas exportações totais, e Goiás, 20,9%, inclusive nos produtos não isentos, indicando melhor adaptação às novas regras comerciais. No Ceará, o crescimento foi impulsionado por itens como “outras pedras de cantaria trabalhadas de outro modo e suas obras”.

O estudo conclui que o tarifaço dos EUA “inaugurou um período de deslocamentos de calendário, reprecificação e redirecionamento de pedidos”, exigindo dos estados e empresas estratégias de gestão de riscos e realocação de mercados.

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