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As cinco tendências do agro que podem colocar o Brasil como maior fornecedor de alimentos do mundo até 2050
Publicado 30/10/2025 • 12:23 | Atualizado há 10 horas
 
        
        
                            
                     
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KEY POINTS
 
                            Soja.
Agência CNA
A população mundial deve chegar a quase 10 bilhões de pessoas até 2050. Serão quase 2 bilhões de bocas a mais para serem alimentadas. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), será necessário produzir 60% mais alimentos para atender essa necessidade.
O desafio não é simples, e está em aumentar a produtividade sem ampliar as áreas agrícolas, preservando recursos naturais e reduzindo os impactos ambientais. É aí que o Brasil entra no jogo como um dos países mais preparados para responder ao aumento global do consumo.
O país tem clima favorável, biodiversidade, vastas áreas agricultáveis e muita tecnologia de ponta aplicada ao campo. Já ocupa posição de destaque entre os maiores produtores de alimentos do mundo — atrás apenas de China, Índia e Estados Unidos. Enquanto os chineses lideram na produção de cereais, vegetais e carnes, e os americanos no milho e trigo, o Brasil é o principal produtor mundial de soja, café, suco de laranja e açúcar, além de estar entre os maiores exportadores de carne bovina e de frango.
A capacidade de expansão sustentável faz do Brasil um candidato natural a assumir papel de liderança global no abastecimento alimentar das próximas décadas. Para isso, o agro nacional precisa acelerar investimentos em inovação, infraestrutura e mecanismos de financiamento que conectem produtores, startups e investidores.
Agtechs e foodtechs já desenvolvem soluções que aliam eficiência, sustentabilidade e competitividade internacional, enquanto plataformas de investimento ampliam o acesso ao crédito e fomentam negócios de impacto no campo. Confira as principais tendências que estão moldando o futuro do agronegócio brasileiro e podem definir o papel do país na segurança alimentar mundial.
O Brasil possui 164 milhões de hectares de pastagens, dos quais 28 milhões estão degradados em algum nível, segundo a Embrapa e o MapBiomas. A restauração dessas áreas é apontada como uma das maiores oportunidades globais de regeneração agrícola e climática.
“A recuperação de pastagens pode elevar a produtividade, reduzir a pressão por novas áreas e atrair bilhões em investimentos para uma produção mais sustentável”, afirma Henrique Galvani, CEO da Arara Seed. Além de recuperar o solo, o processo gera créditos de carbono e permite integrar lavoura, pecuária e floresta, aumentando a rentabilidade.
O mercado global de bioinsumos deve movimentar US$ 30 bilhões até 2030, segundo a consultoria Markets and Markets. No Brasil, o crescimento anual ultrapassa 30%, impulsionado por startups de base biotecnológica e pelo Programa Nacional de Bioinsumos.
As soluções incluem biofertilizantes, inoculantes e defensivos biológicos que reduzem custos e impactos ambientais. “Os biológicos fortalecem a saúde do solo, diminuem a dependência de químicos e aumentam a rastreabilidade — condição cada vez mais exigida pelos mercados internacionais”, explica Galvani.
Sensores, drones e algoritmos de inteligência artificial já fazem parte do cotidiano de fazendas em todas as regiões do país. A agricultura de precisão proporciona ganhos médios de 25% em produtividade e redução de até 30% no uso de insumos, segundo estudo da Accenture.
Com a expansão da conectividade 5G e da automação robótica, a integração de sistemas tende a se intensificar. Monitoramento em tempo real de solo, clima e plantas permitirá decisões mais rápidas e sustentáveis. “A inteligência de dados ajuda o produtor a antecipar pragas, doenças e variações climáticas, reduzindo perdas e custos”, afirma Galvani.
O desperdício de alimentos no Brasil representa cerca de 10% da produção total, o equivalente a mais de R$ 50 bilhões por ano, segundo a Embrapa. Startups têm desenvolvido soluções de armazenagem inteligente, cadeias curtas de distribuição e uso de blockchain para rastreabilidade.
Essas iniciativas fortalecem a segurança alimentar e aumentam o valor agregado dos produtos brasileiros. A rastreabilidade, já exigida em normas da União Europeia, tende a se tornar requisito para exportações e diferencial competitivo para produtores que buscam novos mercados.
O crédito rural superou R$ 1 trilhão em 2024, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), mas apenas uma pequena parte foi destinada a práticas regenerativas. Esse espaço estimula o avanço de instrumentos como os Fiagro — fundos que cresceram 147% em 12 meses e somam R$ 38 bilhões — e de plataformas de investimento coletivo, como a Arara Seed, que conectam investidores a negócios de impacto.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também avalia permitir que plataformas de equity crowdfunding financiem diretamente produtores rurais e projetos agrícolas. A medida pode ampliar o acesso ao mercado de capitais e fomentar a inovação no campo.
Para Henrique Galvani, investir em inovação e sustentabilidade é condição para garantir o abastecimento futuro. “O agronegócio brasileiro tem potencial para liderar uma nova fase da produção global de alimentos, combinando tecnologia, capital e responsabilidade ambiental”, afirma.
Essa convergência entre produtividade, financiamento verde e agricultura regenerativa tende a redefinir o papel do Brasil no mapa mundial da segurança alimentar.
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