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KEY POINTS
Foto da fachada da Petrobras.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil.
A Petrobras informou nesta segunda-feira (23) que notificou a Brava Energia, controladora da Enauta Energia, sobre a sua decisão suportada por previsão contratual de rescindir o contrato para a cessão da totalidade de sua participação nos campos de Uruguá e Tambaú, ambos localizados em águas profundas no pós-sal da Bacia de Santos.
Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o fechamento da transação estava condicionado, entre outros fatores, à conclusão da aquisição, pela Enauta Energia, do FPSO Cidade de Santos, de propriedade e operado pela MODEC, o que não se materializou.
“Conforme previsto no contrato, o valor pago a título de depósito em dezembro de 2023 será retido pela Petrobras. A Petrobras permanece com 100% de participação nos campos de Uruguá e Tambaú e avaliará as alternativas cabíveis para gestão do ativo”, disse a estatal.
A Transpetro, a maior subsidiária da Petrobras, finalizou na última sexta-feira (20) a etapa de negociação comercial com o consórcio formado pelos estaleiros Ecovix, de Rio Grande (RS), e Mac Laren, de Niterói (RJ), para a aquisição de quatro navios da classe Handy, de 15 a 18 mil toneladas de porte bruto. O consórcio apresentou preço final de US$ 69,5 milhões (cerca de R$ 429,6 milhões) por embarcação.
A assinatura do contrato está prevista para o início de 2025, quando a Transpetro também deve lançar um novo edital para aquisição de oito navios gaseiros. Veja mais detalhes sobre o negócio:
“Esse programa da Transpetro é essencial para o Sistema Petrobras e um grande reforço para a nossa capacidade logística, garantindo o aumento do transporte de derivados na costa brasileira e reduzindo nossa exposição às oscilações dos custos de afretamento, principalmente desse tipo de unidade, que têm baixa liquidez no mercado. A Petrobras e a Transpetro estão comprometidas com a aceleração do desenvolvimento do país e esse programa de ampliação da frota própria comprova isso”, ressalta a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.
O presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, destaca ainda o impacto do TP 25 para a Transpetro.
“Estamos muito satisfeitos com a conclusão dessa etapa do processo de contratação, conduzido com total empenho, zelo e lisura. É um marco para a nossa gestão retomar a aquisição de navios no Brasil após 10 anos sem contratar embarcações para ampliar a frota. Com o TP 25, vamos ampliar em pelo menos 25% a capacidade logística da Transpetro e essa é mais uma das medidas que estamos adotando para retomar o caminho do crescimento da companhia”, afirma Bacci.
“Além disso, as futuras licitações previstas no TP 25 vão garantir uma demanda perene, que irá incentivar a retomada da indústria naval no país. Essa é uma determinação do governo e estamos cumprindo de maneira efetiva e atendendo todos os interesses de negócio do Sistema Petrobras”, acrescentou Bacci.
Os Handy vão contemplar soluções que garantem maior eficiência energética e menor emissão de gases que provocam o efeito estufa. Além de receber um pacote de equipamentos sustentáveis, as embarcações podem operar com bunker ou biocombustíveis. Como resultado, estima-se reduzir em 30% as emissões em relação aos atuais navios da frota, atendendo às determinações da Organização Marítima Mundial (IMO).
Lançado pela Transpetro em julho deste ano, o Programa de Renovação e Ampliação da Frota prevê a aquisição de 25 navios de cabotagem e vai atender prioritariamente às demandas de transporte de produtos da Petrobras. Além dos Handy, a companhia vai adquirir gaseiros e embarcações de médio porte, estando 16 desses navios já previstos no Plano Estratégico da Petrobras.
A Transpetro vai aumentar em 25% sua capacidade logística com os navios previstos no TP 25.
A companhia estima para janeiro de 2025 o lançamento da segunda licitação do Programa, que será pública e internacional. Dessa vez, serão adquiridos oito navios gaseiros dos tipos pressurizados e semi-refrigerados. Esse último modelo permitirá à Transpetro ampliar os tipos de gases transportados.
Os gaseiros terão capacidade variando de 7 mil toneladas a 14 mil toneladas de porte bruto. Em junho de 2025, a companhia prevê a divulgação de outro processo licitatório para a aquisição de quatro embarcações de médio porte (MR1).
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