A Moody’s Local Brasil anunciou a reafirmação do rating corporativo da Petrobras em AAA.br, com perspectiva estável, destacando a solidez financeira e a liderança da companhia no setor de óleo e gás no Brasil.
Destaques financeiros e operacionais
- Produção de petróleo e gás: a Petrobras foi responsável por 88% da produção nacional em outubro de 2024.
- Rentabilidade: margem EBITDA ajustada de 49,7% nos últimos 12 meses até setembro de 2024.
- Geração de caixa: a estatal gerou US$ 39,3 bilhões nesse período, enquanto a dívida bruta ajustada foi reduzida para US$ 65 bilhões.
- Alavancagem: a relação dívida líquida/EBITDA caiu para 1,3x em setembro de 2024, uma melhora significativa em relação aos mais de 4,0x registrados em 2017.
Estratégia de longo prazo
No Plano Estratégico 2025-2029, a Petrobras aumentou o nível de investimentos e reafirmou o foco no segmento de exploração e produção (E&P), responsável por 84% do EBITDA da companhia no último ano. A empresa também definiu um teto de endividamento de US$ 75 bilhões, garantindo maior flexibilidade para distribuição de dividendos.
A política comercial, revisada em 2023, trouxe maior flexibilidade nos preços de combustíveis ao substituir a paridade de importação, permitindo ajustes estratégicos em relação às flutuações do mercado internacional.
Gestão de liquidez
A Petrobras mantém US$ 14,3 bilhões em caixa e equivalentes, valor suficiente para cobrir obrigações financeiras até 2025. Além disso, a estatal conta com US$ 8,2 bilhões em linhas de crédito rotativo, com vencimentos entre 2026 e 2029, reforçando sua posição de liquidez.
Fatores ESG e desafios
A Moody’s destacou os riscos associados à transição para uma economia de baixo carbono, pressões sociais ligadas aos preços de combustíveis e a exposição à interferência política. No entanto, a adoção de legislações como a Lei das Estatais e a estabilidade na governança mitigam parte dessas preocupações.
Perspectivas futuras
A Moody’s indicou que o rating da Petrobras pode ser revisado para baixo em caso de aumento significativo na alavancagem, deterioração operacional ou amplificação dos riscos de governança. No entanto, o rating máximo alcançado pela companhia limita a possibilidade de elevações adicionais.
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