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Está frustrado no trabalho? Entenda o custo oculto da alta performance

Publicado 04/11/2025 • 20:38 | Atualizado há 6 horas

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Frustração no trabalho

Em um cenário cada vez mais competitivo, a frustração se tornou presença constante no ambiente de trabalho. Ela aparece quando há um descompasso entre o que esperamos e o que de fato alcançamos, seja por metas inalcançáveis, por comparações com colegas ou pela pressão por resultados imediatos.

Embora desconfortável, a frustração não é sinal de fraqueza: é uma resposta emocional natural e, quando bem compreendida, pode se tornar uma importante ferramenta de crescimento.

O que acontece no cérebro quando a expectativa falha

Do ponto de vista científico, a frustração está ligada à ativação do córtex cingulado anterior, área do cérebro responsável por identificar conflitos e erros.

Quando a expectativa não se cumpre, o sistema de recompensa baseado em dopamina sofre uma queda abrupta, gerando sensação de perda.

Essa reação, porém, cumpre um papel evolutivo: sinaliza a necessidade de ajustar estratégias e expectativas, estimulando aprendizado e adaptação.

Quando a pressão constante sabota o desempenho

O problema surge quando a cultura corporativa transforma a busca por desempenho em um ciclo permanente de cobrança. Metas desproporcionais e comparações constantes ativam o chamado modo de ameaça do cérebro, aumentando a liberação de cortisol, hormônio do estresse.

Nessa condição, a atenção se estreita, a criatividade diminui e o pensamento estratégico cede espaço à autoproteção. Com o tempo, esse estado de tensão contínua pode levar à exaustão emocional e física, também conhecida como burnout.

Práticas simples para recuperar o equilíbrio

Compreender e acolher a frustração como parte do processo profissional é essencial para preservar a saúde mental e emocional. Pesquisas em psicologia positiva e neurociência afetiva mostram que práticas simples, como autocompaixão, pausas conscientes e redefinição de propósito, ajudam o cérebro a recuperar o equilíbrio e ampliar a resiliência.

A autocompaixão, por exemplo, não significa complacência, mas reconhecer os próprios limites sem julgamento, o que reduz a atividade da amígdala e favorece respostas mais racionais. Buscar equilíbrio entre vida pessoal e profissional e manter relações de apoio são atitudes que fortalecem o sistema nervoso contra os efeitos do estresse crônico.

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A frustração, portanto, não precisa ser temida nem reprimida. Ela pode servir como bússola interna, indicando o que realmente importa e o que precisa ser revisto. Em vez de buscar o controle absoluto, o desafio contemporâneo é aprender a lidar com a impermanência e aceitar que o crescimento, individual ou organizacional, também nasce do desconforto.

A maturidade emocional não vem da ausência de frustrações, mas da capacidade de transformá-las em aprendizado.

Dr. José Carlos Rodrigues Junior - CRM/SP 106636 | RQE 29137
Neurocirurgião
Especialista em Liderança e Neurociência Aplicada

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