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EXCLUSIVO: Apple recorre ao Gemini do Google para modernizar Siri e recuperar espaço na corrida da IA, afirma especialista

Publicado 08/11/2025 • 09:23 | Atualizado há 3 horas

KEY POINTS

  • A Apple negocia parceria para integrar o modelo de inteligência artificial Gemini à próxima versão da Siri, em um contrato estimado em US$ 1 bilhão anuais, segundo análise do especialista em tecnologia e inovação. A medida marca uma mudança de estratégia e aproxima duas rivais históricas do setor.
  • Para Arthur Igreja, o movimento revela o atraso da Apple na corrida global de IA. Ele lembrou que “a Siri é a assistente pessoal menos usada do mundo” e que a empresa “está tendo que ceder terreno para ganhar tempo”. O especialista destacou que o Gemini possui 1,2 trilhão de parâmetros, cerca de oito vezes mais que o sistema da Apple.
  • A Apple testou modelos da OpenAI e Anthropic antes de escolher o Google, por fatores como robustez e privacidade. A nova Siri funcionará em formato white label, mantendo a identidade visual da Apple. Igreja alertou, porém, que a aproximação pode reacender debates antitruste, já que o Google já é o buscador padrão no Safari.

A Apple prepara um acordo estimado em US$ 1 bilhão por ano com o Google para integrar o modelo de inteligência artificial Gemini à próxima versão da assistente Siri, movimento que marca uma mudança de rota na estratégia da empresa e aproxima duas das maiores concorrentes do setor. Em entrevista ao Times Brasil | Licenciado Exclusivo CNBC nesta sexta-feira (7), o especialista em tecnologia e inovação, Arthur Igreja, afirmou que a decisão evidencia o atraso da Apple na disputa global pela liderança em inteligência artificial.

“Isso já era percebido pelo mercado e pelos usuários. A Siri é simplesmente a assistente pessoal menos usada no mundo”, disse Igreja. Segundo ele, o desempenho limitado da assistente levou a companhia a buscar soluções externas. “A Apple está, em alguma medida, admitindo que está completamente atrasada. Ela tem tradição em criar soluções próprias, mas agora está tendo que ceder terreno e ganhar tempo para desenvolver sua tecnologia”, afirmou.

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Parceria reflete tentativa de recuperar competitividade

O especialista explicou que a diferença entre os sistemas ajuda a entender a decisão. “O sistema de inteligência artificial da Apple tem por volta de 150 bilhões de parâmetros. O Gemini tem mais de 1,2 trilhão. Ou seja, é um sistema oito vezes mais poderoso”, disse.

Com isso, ele lembrou que Apple e Google mantêm, há anos, uma relação que combina concorrência e cooperação. As duas empresas têm um acordo bilionário que mantém o Google como buscador padrão do Safari, o navegador da Apple — uma parceria que exemplifica essa dinâmica simultaneamente competitiva e interdependente.

Critérios técnicos e privacidade influenciaram escolha

Igreja afirmou que a Apple avaliou outras opções antes de escolher o modelo do Google. “Eles rodaram testes com a OpenAI e também com a Anthropic, e acabaram escolhendo o Google por uma série de fatores: robustez, tamanho do modelo e características de privacidade”, relatou.

Ele destacou que a nova Siri será baseada no Gemini, mas preservará a identidade visual da Apple. “Vai ser um sistema white label. Vai ser a Siri, mas ela vai rodar de uma forma completamente diferente em comparação com aquilo que os usuários de Android usam”, disse.

Aproximação pode gerar questionamentos antitruste

Além disso, ele destacou que a nova versão da Siri será desenvolvida a partir do modelo Gemini, porém manterá a identidade visual e a experiência próprias da Apple. Segundo o especialista, o sistema funcionará em um formato personalizado, operando de maneira distinta da utilizada nos dispositivos com Android.

Dessa forma, o especialista avaliou que a aproximação entre Apple e Google reflete uma tendência crescente de colaboração entre grandes empresas de tecnologia. Ele observou que, embora o mercado de inteligência artificial ainda seja recente, já é possível identificar um processo de consolidação das competências, no qual cada companhia passa a se destacar em áreas específicas.

Para Igreja, a estratégia é pragmática. “No curto prazo, essas decisões podem até soar contraditórias, mas o fato é que ninguém quer ficar para trás”, concluiu.

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