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Agronegócio em alerta: Brasil terá safra menor que a deste ano
Publicado 13/11/2025 • 12:12 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 13/11/2025 • 12:12 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
Safra 2026 deve ser 4% menor que a atual por quedas no milho e sorgo
Pixabay
O primeiro prognóstico do IBGE aponta que a Safra 2026 de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas deve somar 332,7 milhões de toneladas. O volume representa queda de 3,7%, ou 12,9 milhões de toneladas, em relação à safra estimada para 2025, que já é recorde histórico, com 345,6 milhões de toneladas.
Segundo o Instituto, o recuo ocorre principalmente por causa da redução esperada nas colheitas de milho e sorgo, mesmo com nova alta prevista para a soja.
A safra de 2025, ainda em fase de fechamento, é projetada em 345,6 milhões de toneladas, alta de 18,1% frente a 2024, quando o país colheu 292,7 milhões de toneladas. O desempenho foi favorecido por um clima mais favorável na maior parte das regiões produtoras, com exceção de áreas do Rio Grande do Sul.
Arroz, milho e soja seguem como a base da produção. Juntos, esses três produtos respondem por 92,6% do volume estimado e por 87,9% da área a ser colhida em 2025. A combinação de aumento de área e ganhos de produtividade levou soja, milho, algodão e sorgo a registrarem recordes em 2025.
Na Safra 2026, o quadro muda. O IBGE passa a incluir canola e gergelim nas estatísticas, mas a projeção é de ajuste na produção total depois de um ano excepcional.
O principal fator para o recuo da Safra 2026 é a menor estimativa para o milho. A produção total do grão é projetada em 128,4 milhões de toneladas, queda de 9,3% ou 13,2 milhões de toneladas em relação a 2025.
Na primeira safra de milho, a expectativa é de aumento leve de 0,9%, para 26,3 milhões de toneladas, com maior área colhida e rendimento um pouco menor. Já o milho de segunda safra, que concentra o maior volume, deve cair 11,6%, para 102,1 milhões de toneladas, com redução equivalente no rendimento médio.
O sorgo também recua. O prognóstico aponta produção de 4,6 milhões de toneladas, queda de 11,6% em relação a 2025, com rendimento médio menor e leve redução de área. O cereal deve representar 1,4% da produção nacional de grãos, distribuído em cerca de 1,5 milhão de hectares.
Há ainda quedas previstas para outros cultivos importantes:
Apesar da queda na produção, a Safra 2026 deve ter área maior. O IBGE projeta 81,5 milhões de hectares a serem colhidos, aumento de 1,1% ou 879,1 mil hectares frente a 2025.
Entre os principais produtos, a área cresce no:
E recua no:
Ou seja, o país amplia o plantio, mas parte da retração na produção da Safra 2026 vem da expectativa de rendimento menor em algumas culturas, em especial no milho e no sorgo.
O IBGE projeta um mapa de produção mais heterogêneo para a Safra 2026. Enquanto alguns estados devem crescer, outros ajustam a oferta depois de um ciclo forte.
As principais altas previstas são:
Já os recuos aparecem em importantes polos agrícolas:
Há ainda quedas menores previstas no Piauí, em Rondônia e em Sergipe.
Na área plantada, o comportamento também é misto. Mato Grosso, Bahia e Rondônia devem ampliar ligeiramente a área, enquanto Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas, São Paulo, Tocantins, Maranhão e Ceará ajustam para baixo.

Na contramão do milho e do sorgo, a soja deve crescer mais uma vez na Safra 2026. A primeira estimativa aponta produção de 167,7 milhões de toneladas, alta de 1,1% em relação a 2025 e novo recorde para a oleaginosa.
O avanço é explicado por dois movimentos combinados:
Na safra de 2025, a soja já havia batido recorde, com 165,9 milhões de toneladas. O grão responde por quase metade de todo o volume de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas produzido no país.
O cenário traçado pelo IBGE indica que a Safra 2026 não representa uma reversão da tendência de expansão do agronegócio, mas um ajuste após uma supercolheita. A produção recua em relação ao pico de 2025, porém permanece em patamar elevado, acima dos níveis de 2024.
Para produtores, cooperativas e tradings, os números ajudam a calibrar decisões de plantio, armazenagem e comercialização, em um contexto de custos ainda pressionados e atenção ao clima. A combinação de menor oferta de milho e sorgo com nova alta da soja deve orientar a estratégia de mercado ao longo de toda a Safra 2026.
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