Descubra qual o erro que mais quebra empreendedores no Brasil – e comoescapar dele

O avanço de ferramentas voltadas à rotina do pequeno e médio empreendedor motivou a Stone a apresentar, em São Paulo, uma solução que automatiza o controle de ponto, o cálculo de horas e a remuneração de funcionários diretamente pelas maquininhas de pagamento. A iniciativa foi detalhada durante transmissão ao vivo do Real Time, com participação de Matheus Bizelli, vice-presidente de expansão da Stone.

A pesquisa interna da empresa revelou que a maior parte dos empreendedores ainda realiza a folha de pagamento de forma manual, o que pode levar as empresas a quebrar. “Só dois a cada dez empreendedores usam um sistema. Os motivos são claros: é um processo complexo […] e depois o processo de pagamento, que exige pagar um por um. Isso tudo torna a administração difícil e muita gente acaba não fazendo.”

A pesquisa também identificou diferenças regionais de confiança e um cenário mais desafiador para o varejo. “Reforçamos três grandes problemas comuns: vender mais, acesso a capital e gestão do negócio”. Segundo Bizelli, as dores variam conforme o estágio da empresa: quem inicia sente dificuldade em vender; quem cresce enfrenta limites na gestão e nos processos.

Para ele, o problema não está na falta de ferramentas, mas na fragmentação. “A questão não é falta de ferramentas, mas o fato de estarem ‘picotadas’ e pouco integradas.” A Stone, afirma, busca se consolidar como uma plataforma que conecta fluxos financeiros e operacionais. “Ainda há uma jornada longa para ajudar os empreendedores, mas esse é um passo importante.”

Ele afirma que o custo de soluções tradicionais também afasta pequenos negócios. “Em geral, aluga-se máquinas de ponto para registros homologados, e uma solução dessas pode chegar a custar R$ 2.000 por mês.”

Bizelli explica que a solução foi construída a partir da análise dos principais destinos do dinheiro que entra no caixa do lojista. “Há três principais: pagamento de fornecedores, pagamento de funcionários e gerir o próprio negocio.” A partir disso, diz que a empresa decidiu atuar onde já está inserida: o balcão.

A primeira etapa consiste no registro de horas. “A maquininha […] é um hardware capaz, com reconhecimento facial homologado, e já integra automaticamente os registros à conta.”

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A segunda etapa é o cálculo e o pagamento. “O cliente pode dar acesso ao contador […] e depois fazer o pagamento em lote via Pix, literalmente em um clique. Um processo que durava de seis a dez horas por mês agora é resolvido em minutos.”

E a terceira etapa é gerir o próprio negócio, pois as empresas que estão começando — os chamados “euempresas” ou PMEs — precisam começar a lidar com múltiplos sistemas e funcionários, o que pode ser um desafio no início.

Questionado sobre o conceito de “super maquininhas”, Bizelli afirma que o equipamento ganhou novas funções. “Antes servia só para pagar; hoje, faz muito mais. É um hardware tão capaz quanto um celular.” Ele destaca que o sistema permite registrar funcionários, gerenciar pedidos e integrar aplicativos de terceiros, ampliando o potencial de uso no varejo.

Nathalia Fruchi

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