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Publicado 29/12/2024 • 15:01
KEY POINTS
Imagens de câmeras corporais divulgadas nesta sexta-feira (27) mostram agentes penitenciários do estado de Nova York agredindo de forma brutal o detento Robert Brooks, de 43 anos, que morreu após o ataque.
O caso ocorreu no Marcy Correctional Facility, no interior do estado, e gerou ampla repercussão e indignação pública.
Nas imagens, o detento, que estava algemado, aparece sendo golpeado por diversos agentes mesmo estando sentado em uma mesa de exame médico. Os vídeos mostram os agentes atingindo o preso no rosto, na virilha e no estômago.
Em um momento, um dos oficiais coloca algo na boca de Brooks antes de agredi-lo novamente. Outro agente o levanta pelo pescoço e o empurra com força contra a mesa.
De acordo com exames preliminares, a causa da morte foi “asfixia por compressão do pescoço”. Ainda não se sabe o que levou os funcionários da prisão a levarem Brooks à enfermaria antes do ataque, já que os vídeos não possuem áudio.
A governadora de Nova York, Kathy Hochul, demitiu 13 agentes penitenciários e de uma enfermeira envolvidos no caso. “Estou indignada e horrorizada com o que aconteceu. O estado de Nova York não tolera qualquer violação da lei, e vamos garantir que todos os responsáveis sejam punidos”, afirmou.
A procuradora-geral do estado, Letitia James, também abriu uma investigação. “Divulgar essas imagens não foi uma decisão fácil, mas é meu dever proporcionar transparência e justiça à família de Brooks e a todos os nova-iorquinos”, afirmou em comunicado.
Brooks cumpria uma sentença de 12 anos por agressão e havia sido transferido para o Marcy Correctional Facility no mesmo dia do incidente.
A advogada da família Brooks, Elizabeth Mazur, criticou o ocorrido. “As imagens evidenciam a natureza horrenda e extrema desse ataque mortal. Ele tinha o direito de viver, assim como todos os detentos têm o direito de não temer violência por parte dos funcionários da prisão”, disse.
O sindicato que representa os trabalhadores penitenciários classificou o conteúdo das imagens como “incompreensível” e afirmou que o comportamento exibido nos vídeos não reflete a conduta da maioria dos agentes.
Organizações de direitos civis, como a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), afirmaram que o caso reflete um problema sistêmico no sistema prisional de Nova York. “Este não é um caso isolado. Ele expõe uma cultura de violência e impunidade entre os agentes penitenciários que põe em risco a vida de pessoas encarceradas”, declarou Donna Lieberman, diretora executiva da entidade.
Em um relatório recente, a Correctional Association of New York, uma organização independente de monitoramento prisional, já havia identificado padrões de discriminação racial e maus-tratos em unidades prisionais do estado.
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