Boeing recua 4% após Coreia do Sul exigir inspeção de aviões B737-800
Publicado 30/12/2024 • 10:39 | Atualizado há 5 meses
Pesquisa esclarece 6 mitos sobre IA: inteligência artificial torna trabalhadores ‘mais valiosos, não menos’
Trump x Musk: Presidente da Câmara espera reconciliação após desentendimento
O que um ‘imposto de vingança’ no projeto de gastos de Trump pode significar para investidores
Elon Musk apaga algumas postagens no X em meio a desentendimento com Trump
Por que a Disney e a Universal estão investindo bilhões em seus parques temáticos
Publicado 30/12/2024 • 10:39 | Atualizado há 5 meses
KEY POINTS
Imagem de avião após acidente na Coreia do Sul.
Reuters.
As ações da Boeing caíram quase 5% no pré-mercado norte-americano nesta segunda-feira (30), após a Coreia do Sul ordenar a inspeção de todos os aviões modelo B737-800 — o mesmo envolvido em um acidente fatal da Jeju Air no fim de semana — operados por companhias aéreas domésticas.
O presidente interino Choi Sang-mok instruiu o Ministério dos Transportes a realizar uma inspeção de emergência em todo o sistema de operações aéreas do país. Paralelamente, autoridades do Ministério da Terra, Infraestrutura e Transporte (MOLIT) anunciaram uma “inspeção especial abrangente” dos aviões modelo B737-800.
As ações da Boeing, listadas na Bolsa de Nova York, registraram queda de 4,7% no pré-mercado antes de reduzir as perdas e negociar em baixa de 3% às 7h50 (horário de Nova York).
Ainda há incertezas sobre as circunstâncias exatas do acidente, que matou 179 das 181 pessoas a bordo do voo no domingo. O avião aterrissou no Aeroporto Internacional de Muan, na Coreia do Sul, sem que o trem de pouso correto estivesse acionado.
Ele derrapou na pista, colidiu com um muro e pegou fogo. Os dois únicos sobreviventes eram tripulantes, resgatados dos destroços.
Em uma coletiva na segunda-feira, o MOLIT informou que o piloto do avião mencionou um “choque com pássaros” poucos minutos após a torre de controle do aeroporto emitir um alerta sobre atividade de aves na área.
O piloto também notificou a torre sobre uma “arremetida” (tentativa de pouso abortada) e declarou “Mayday”, disse Yu Kyung-soo, diretor de política de segurança aérea do MOLIT, segundo tradução da NBC News.
As duas caixas-pretas da aeronave foram recuperadas e enviadas para análise. O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos (NTSB) lidera uma equipe de investigadores americanos, incluindo membros da Administração Federal de Aviação (FAA) e da Boeing, para auxiliar o Comitê de Investigação de Acidentes Aéreos e Ferroviários da Coreia do Sul.
O fabricante de motores CFM International, uma joint venture entre GE Aerospace e a francesa Safran Aircraft Engines, também participará da investigação.
Autoridades do MOLIT afirmaram na segunda-feira que estão avaliando a relação do muro de concreto, atingido pela aeronave, com o acidente. Além disso, confirmaram que uma inspeção nos B737-800 será conduzida.
O modelo B737-800, uma aeronave narrow-body popular, está em operação há quase três décadas, tendo sido desenvolvido antes dos problemáticos B737 Max, uma versão posterior do modelo.
Segundo o MOLIT, o B737-800 é amplamente utilizado por companhias aéreas de baixo custo na Coreia do Sul. A Jeju Air é a maior operadora, com 39 jatos. Outras empresas que utilizam o modelo incluem T’way Air, Jin Air, Eastar Jet e Air Incheon. A companhia aérea de bandeira Korean Air possui dois aviões do modelo.
“Vamos examinar o cumprimento de várias regulamentações, incluindo registros de operação, inspeções e manutenções realizadas antes e depois dos voos”, declarou Ju Jong-wan, diretor do Escritório de Política de Aviação do MOLIT, segundo a NBC News.
“Planejamos revisar o fortalecimento das regulamentações relacionadas a choques com pássaros, identificados como uma possível causa do acidente, especialmente para novos aeroportos em construção.”
Um porta-voz da Boeing afirmou à CNBC: “Estamos em contato com a Jeju Air em relação ao voo 2216 e prontos para apoiá-los. Estendemos nossas mais profundas condolências às famílias que perderam entes queridos, e nossos pensamentos estão com os passageiros e a tripulação.”
A mídia local relatou que outra aeronave do mesmo modelo da Jeju Air retornou ao Aeroporto de Gimpo, na Coreia do Sul, pouco após decolar na segunda-feira, devido a problemas relatados no trem de pouso.
Em uma coletiva de imprensa no domingo, Song Kyung-hoon, chefe do escritório de suporte à gestão da Jeju Air, afirmou que a empresa prestará assistência às vítimas e suas famílias. Ele também informou que a aeronave estava coberta por um seguro de US$ 1 bilhão, segundo o site Yonhap.
Song negou que falhas mecânicas ou preparações de segurança inadequadas tenham contribuído para o acidente.
“Esse acidente não tem relação com problemas de manutenção. Não pode haver absolutamente nenhum comprometimento quando se trata da manutenção das aeronaves”, disse Song.
As ações da Jeju Air atingiram a mínima histórica nesta segunda-feira, de acordo com dados da FactSet, encerrando o dia com queda de 8,65%.
— Yeo Boon Ping, da CNBC, contribuiu para esta reportagem.
Mais lidas
Haddad se reúne com líderes do Congresso neste domingo para discutir alternativas ao IOF. O que esperar?
Galvão Bueno se torna sócio da N Sports e atuará na linha editorial do canal
Trump envia Guarda Nacional em resposta a protestos de imigração em Los Angeles
Candidato presidencial colombiano é operado após atentado a tiros; Brasil condena ato
O que um 'imposto de vingança' no projeto de gastos de Trump pode significar para investidores