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EXCLUSIVO: Brasil acelera corrida por data centers e IA na saúde; Dr. Inovação avalia cenário
Publicado 02/12/2025 • 17:09 | Atualizado há 21 minutos
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Publicado 02/12/2025 • 17:09 | Atualizado há 21 minutos
KEY POINTS
O avanço da infraestrutura de dados no Brasil entrou no centro das discussões sobre saúde digital, inteligência artificial e soberania tecnológica. Em entrevista ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC, o médico e comentarista Dr. Pedro Batista, sócio da Orus AI, analisou como a expansão dos data centers nacionais pode redefinir a forma como o país processa, armazena e utiliza informações sensíveis do setor de saúde.
Na avaliação dele, a dependência de estruturas estrangeiras ainda é significativa. O especialista afirmou que menos de 35% dos dados produzidos pela saúde brasileira permanecem armazenados em território nacional, o que obriga empresas e instituições a operar sob legislações externas e reduz a segurança jurídica. Batista destacou que, quando os dados ficam no país, as regras seguem a LGPD e os parâmetros da Autoridade Nacional de Proteção de Dados. “Nossos dados, nossas regras”, disse.
Expansão dos data centers e disputa por poder computacional
Atualmente, apenas 1% da capacidade global de data centers está instalada no Brasil, mesmo com o país se consolidando como um hub relevante na América Latina. Batista explicou que a inteligência artificial exige infraestrutura local robusta para reduzir riscos, garantir desempenho e permitir que empresas brasileiras processem seus próprios conteúdos.
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Segundo ele, essa necessidade se intensifica porque o Brasil “ainda está atrasado na criação de ferramentas de IA”, o que amplifica a dependência de tecnologias desenvolvidas por grandes empresas estrangeiras.
A falta de infraestrutura também impacta diretamente o setor de saúde. Mesmo com o crescimento de 38% no número de health techs nos últimos dois anos e mais de R$ 799 milhões investidos nessas empresas, grande parte delas depende de bancos de dados instalados fora do país — o que, segundo o especialista, gera atrasos no processamento de informações e limita a autonomia operacional.
Riscos da dependência externa e impacto econômico
Durante a entrevista, Batista apontou três riscos centrais ligados ao armazenamento de dados em outros países: latência, segurança e vulnerabilidade geopolítica. Ele destacou que legislações estrangeiras podem permitir acesso governamental a informações sensíveis, o que compromete a soberania brasileira.
Como exemplo, citou o caso recente dos Estados Unidos, que revogaram a atuação de uma empresa chinesa de genética porque seus dados eram armazenados na China sob regras que determinam que informações corporativas pertencem ao governo chinês.
O especialista avaliou ainda que ampliar a infraestrutura nacional pode alterar indicadores econômicos. Para ele, a consolidação de data centers brasileiros tende a reduzir a dependência de serviços externos e fortalecer a indústria de tecnologia local. Esse movimento, afirmou, abre espaço para que o país desenvolva produtos, serviços e políticas baseadas em dados próprios, aumentando a autonomia tecnológica.
Soberania digital e uso de dados para políticas públicas
Batista ressaltou que soberania digital não significa isolamento tecnológico, mas a capacidade de manter decisões estratégicas dentro do país. Ele mencionou que, com data centers nacionais, dados anonimizados poderiam ser utilizados para aprimorar políticas públicas, padrões de tratamento e pesquisas, impulsionando o desenvolvimento econômico e o avanço da saúde.
Ele enfatizou ainda que hospitais, operadoras e secretarias de saúde continuam dependentes de serviços estrangeiros, o que os obriga a seguir legislações distintas e reduz a eficiência na criação de novas técnicas e produtos.
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