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Governo recorre à Caixa para destravar empréstimo bilionário aos Correios
Publicado 06/12/2025 • 09:45 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 06/12/2025 • 09:45 | Atualizado há 2 horas
KEY POINTS
Marcos Oliveira/Agência Senado
Sede dos Correios
O governo Lula mobilizou a Caixa Econômica Federal para viabilizar o empréstimo de R$ 20 bilhões solicitado pelos Correios, depois que o Tesouro Nacional rejeitou uma proposta apresentada por cinco bancos, por considerar que os juros cobrados eram altos demais para uma operação com garantia soberana.
Conforme apurou o jornal Folha de S.Paulo, os Correios precisam honrar o pagamento da segunda parcela do 13º salário no dia 20 de dezembro e a folha de pagamento no fim do mês. Sem a entrada dos recursos, há risco de atraso nos compromissos e impacto direto no funcionamento da estatal em período de pico da demanda, às vésperas do Natal.
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A Caixa participou das conversas iniciais, mas não havia apresentado proposta concreta nas duas rodadas de negociação conduzidas pelos Correios. Internamente, o banco manifestava reservas quanto à operação.
Nos últimos dias, a Casa Civil passou a pressionar a instituição financeira, que agora se diz disposta a participar dentro dos parâmetros definidos pelo Tesouro, com juros mais baixos.
O Tesouro estipula custo máximo de até 120% do CDI para operações com garantia da União, algo próximo de 18% ao ano. A proposta anterior, feita por BB, BTG Pactual, Citibank, ABC Brasil e Safra, pedia quase 136% do CDI, cerca de 20% ao ano. O governo considerou a taxa abusiva, já que a garantia soberana reduz praticamente a zero o risco de inadimplência.
A equipe econômica também criticou o Banco do Brasil, que apoiou a proposta do sindicato de bancos privados, e deve buscar explicações da instituição.
Em paralelo ao empréstimo, o governo discute a possibilidade de um aporte direto do Tesouro, inclusive via crédito extraordinário, instrumento que permite liberar recursos de forma imediata para situações urgentes e imprevisíveis.
Técnicos da equipe econômica reconheceram, porém, que há dificuldade em justificar a “imprevisibilidade”, requisito constitucional para esse tipo de medida.
Os Correios acumulam prejuízos desde 2022 e já registram déficit de R$ 6,1 bilhões até setembro de 2025. Alertas sobre a necessidade de capitalização vêm sendo feitos há mais de um ano.
O tema foi tratado nesta semana na Junta de Execução Orçamentária (JEO), formada pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento) e Esther Dweck (Gestão).
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A alternativa mais convencional, enviar ao Congresso um projeto de crédito especial, não é mais possível, já que o prazo para solicitações se encerrou em 29 de novembro, conforme a LDO de 2025. Alterar a data exigiria aprovar uma nova lei e sancioná-la antes do envio do pedido, o que técnicos avaliam ser inviável até o fim do ano.
Com isso, o governo trabalha com uma janela estreita para dar uma resposta até 20 de dezembro, prazo considerado limite para evitar atrasos salariais.
Além de cobrir salários e dívidas imediatas, o empréstimo integra o plano de reestruturação dos Correios para 2026, que projeta uma necessidade total de R$ 20 bilhões. O plano inclui:
Sem uma solução até o fim do ano, integrantes do governo avaliam que a situação da estatal pode deteriorar rapidamente.
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