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Solução para os Correios está na iniciativa privada, diz economista
Publicado 09/12/2025 • 17:12 | Atualizado há 2 dias
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Publicado 09/12/2025 • 17:12 | Atualizado há 2 dias
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A força-tarefa aberta pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para fiscalizar nove estatais em crise não deve alterar a gestão das empresas públicas e, por si só, “não significa nada”, disse Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, em entrevista ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC.
“Por incrível que pareça, essa ação do TCU não significa nada. O problema todo é que o TCU não tem poder de intervenção nas estatais, nas federais principalmente. Nada vai mudar se o governo federal não quiser mudar a gestão das estatais”, afirmou.
Ele esclarece que o risco fiscal apresentado pelo Tesouro Nacional não é gerado primariamente pelas estatais, mas sim pelo aumento de despesas do governo: “O relatório do Tesouro Nacional é regular. O Tesouro indicou um risco fiscal de R$ 5,3 trilhões. As estatais, nesses riscos fiscais, posso dizer que é um valor muito, infinitamente menor. O principal ponto, na minha análise, é que elas geram competitividade baixa, riscos de corrupção, mas isso não vai resolver as contas públicas”.
Apesar de a ação do TCU ser positiva para aprimorar a gestão das empresas, o caso dos Correios exige uma mudança cultural e estrutural mais profunda. A empresa tem apresentado rombos crescentes e perdido competitividade.
“No caso dos Correios, que é o maior problema, os pontos [de fiscalização] podem ajudar sim na gestão, mas você precisa mudar toda a cultura da gestão. O rombo dos Correios, que é a principal preocupação, pode chegar a R$ 8 bilhões. Já há muito tempo, os Correios vêm perdendo eficiência, competitividade e sucateamento”, afirmou Agostini.
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O economista-chefe defende que a solução para os Correios passa pela concessão de parte da operação à iniciativa privada para garantir a eficiência: “Historicamente, toda empresa estatal é chamada de emprego, ou seja, sempre estão ali os apoiadores políticos na frente. Seria interessante que parte [dos Correios] fosse transferido por meio de concessão para a iniciativa privada, porque a gente conseguiria continuar com um serviço postal de eficiência para algumas áreas”.
As demais estatais da lista, como Infraero e Casa da Moeda, não apresentam a mesma gravidade que os Correios, e a fiscalização do TCU pode ser um catalisador para reestruturações, incluindo concessões: “Essas outras empresas não estão em dificuldades como os Correios. A Infraero já vem há algum tempo fazendo concessões à iniciativa privada. Então, tem que contemplar os dois caminhos: pegar esses pilares e melhorar a gestão, mas também analisar a possibilidade de transferência à iniciativa privada”.
Agostini destaca que nem todas as estatais do relatório estão em situação crítica, o que reforça a necessidade de análises individuais: “Metade delas, de fato, tem uma situação muito crítica, um endividamento oneroso muito elevado. Mas, por outro lado, metade delas tem até que um desempenho positivo, com rentabilidade positiva. A questão mais emblemática, muito mais profunda, é a dos Correios”.
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