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Ibovespa B3 cai por cautela política e NY fraca, apesar de alta das commodities

Publicado 17/12/2025 • 14:00 | Atualizado há 3 horas

KEY POINTS

  • O Ibovespa B3 operava em queda de 0,69% às 11h41, aos 157.480,95 pontos, pressionado pela aprovação da taxação de bancos, bets e bilionários na Câmara e por incertezas políticas.
  • Apesar da valorização do petróleo (+1,30%) e do minério de ferro (+1,25%) beneficiarem Petrobras e Vale, o mercado realiza lucros após o índice subir quase 35% no acumulado de 2025.
  • A Ata do Copom sinalizou a manutenção da Selic em 15% por mais tempo, reduzindo as chances de corte em janeiro, o que somado aos ruídos da pesquisa eleitoral para 2026, afasta investidores da bolsa.
Ibovespa B3

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Ibovespa B3

A valorização das commodities não foi suficiente para sustentar o Ibovespa B3 nesta quarta-feira (17), em meio à persistência das preocupações políticas e fiscais no Brasil. No exterior, os índices acionários em Nova York operam com viés negativo, em um dia de agenda econômica esvaziada, no qual investidores monitoram discursos de dirigentes do Federal Reserve e ajustam posições diante das expectativas de cortes de juros nos Estados Unidos, ainda que com possível pausa em janeiro.

No mercado doméstico, o pregão é marcado pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa e pela repercussão da pesquisa Genial Quaest, divulgada na véspera, além da aprovação na Câmara dos Deputados do texto principal do projeto que reduz benefícios fiscais em 10%. O projeto também recupera pontos da chamada “taxação BBB” (bancos, bets e bilionários), o que amplia a cautela dos investidores.

Segundo Felipe Sant’Anna, especialista em mercado financeiro do grupo Axia, o impacto é negativo para os ativos locais.

“Mais uma vez temos aumento de tributação, bets, fintechs e elevação da alíquota do JCP. Isso é péssimo para a Bolsa brasileira, especialmente em um cenário político já bastante complicado”, afirma.

Ele também cita declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reforçaram a percepção de ruído fiscal. Lula afirmou que, havendo dinheiro na mão da população, a inflação se resolve, “independentemente de macroeconomia ou câmbio”. No pregão, ações de grandes bancos lideram as quedas, com recuo de até 1%, caso do Bradesco.

Realização de lucros e cautela dominam o mercado

Para Alison Correia, analista de investimentos e cofundador da Dom Investimentos, o movimento atual reflete realização de lucros e aumento da cautela.

“O Ibovespa acumula alta próxima de 35% em 2025. Qualquer incerteza, especialmente nesta época do ano, leva o investidor a colocar o dinheiro no bolso”, explica.

Correia destaca ainda dúvidas sobre o início do ciclo de queda da Selic, a resiliência do mercado de trabalho nos EUA e o impacto político da pesquisa Quaest.

“A grande surpresa foi Flávio Bolsonaro aparecer à frente do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, no cenário para 2026, o que adiciona mais incerteza ao mercado”, reforça.

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Commodities sobem, mas não sustentam o índice

No mercado internacional, o petróleo avança cerca de 1,3%, após alta superior a 2% na sessão anterior, depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou ter ordenado o bloqueio total de petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela. Com isso, ações da Petrobras subiam entre 0,43% (ON) e 0,65% (PN) por volta das 11h37, ainda apoiadas pela confirmação do acordo de aquisição de 49,99% das subsidiárias da Lightsource BP no Brasil.

Já o minério de ferro fechou em alta de 1,25% em Dalian, a US$ 109,05 por tonelada, impulsionando as ações da Vale, que avançavam 1,14%. Mesmo assim, o peso dos ruídos políticos limitou o efeito positivo das commodities sobre o índice.

Selic elevada segue como freio ao mercado

Na véspera, o Ibovespa caiu 2,40%, aos 158.577,88 pontos, pressionado pelos ruídos políticos e pelo tom conservador da ata do Copom. O Banco Central manteve a Selic em 15% ao ano e não sinalizou quando deve iniciar o ciclo de cortes.

Para Lauro Sawamura Kubo, gestor da Patagônia Capital, a ata deixa claro que a política monetária seguirá restritiva por mais tempo.

“Um corte da Selic em janeiro parece improvável. Reduções mais rápidas devem ficar para o fim do primeiro trimestre”, avalia.

Por volta das 11h41, o Ibovespa recuava 0,69%, aos 157.480,95 pontos, após tocar mínima de 156.350,81 pontos (-1,40%). A máxima do dia foi de 158.610,62 pontos, com leve alta de 0,02%.

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