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Dólar fecha no maior nível desde agosto; Ibovespa B3 cai em meio a ‘risco político’

Publicado 17/12/2025 • 18:48 | Atualizado há 9 horas

KEY POINTS

  • O Ibovespa B3 fechou esta quarta-feira (17) em queda, pressionado pelo aumento da aversão ao risco no mercado local e externo.
  • O principal índice da Bolsa recuou 0,81%, aos 157.297,95 pontos, devolvendo parte dos ganhos recentes.
  • O pregão foi marcado por realização de lucros, avanço do dólar e cautela antes de novos dados de inflação nos Estados Unidos.

O Ibovespa B3 fechou esta quarta-feira (17) em queda, pressionado pelo aumento da aversão ao risco no mercado local e externo.

O principal índice da Bolsa recuou 0,81%, aos 157.297,95 pontos, devolvendo parte dos ganhos recentes, em um pregão marcado por realização de lucros, avanço do dólar e cautela antes de novos dados de inflação nos Estados Unidos.

A Taxa DI permaneceu em 14,90%, enquanto o Ibovespa VIX subiu 2,18%, sinalizando maior percepção de risco por parte dos investidores.

Entre as blue chips, o movimento foi majoritariamente negativo. B3SA3 caiu 3,50%, acompanhando a abertura da curva de juros e o aumento da volatilidade. Cosan (CSAN3) recuou 3,45%, enquanto Bradesco (BBDC4) teve baixa de 1,09%, refletindo o mau humor com o setor financeiro. Na ponta positiva, GOLL54 avançou 1,33%, destoando do tom cauteloso do mercado.

No grupo das maiores altas, o destaque ficou para Recrusul (RCSL4), que saltou 25,95%, seguida por Oncoclínicas (ONCO3), com ganho de 15,71%, e Baumer (BALM3), que subiu 15,10%. Já entre as maiores quedas, o setor imobiliário sofreu forte ajuste, com Direcional (DIRR3) despencando 13,35%, Melnick (MELK3) recuando 11,82% e LPS Brasil (LPSB3) caindo 8,54%.

Dólar fecha em alta de mais de 1%

No câmbio, o dólar encerrou o dia em alta de 1,09%, negociado a R$ 5,52, acompanhando a valorização global da moeda americana e a elevação dos rendimentos dos Treasuries.

A divisa foi impulsionada também pela alta do petróleo, após o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o bloqueio de petroleiros ligados à Venezuela, o que elevou as preocupações com a oferta global.

No radar, investidores seguem atentos às falas de dirigentes do Federal Reserve e à divulgação do CPI americano, que pode influenciar as expectativas sobre os próximos passos da política monetária nos EUA.

Análise

Na avaliação do Felipe Corleta, sócio da Brasil Wealth, o pregão refletiu a continuidade das mesmas preocupações que já vinham pressionando os ativos desde a véspera. Segundo ele, o risco político doméstico ganhou peso com a divulgação da pesquisa Genial/Quest, que mostrou vantagem expressiva do presidente Lula, algo que “entrou de vez na pauta do mercado e pesa sobre os preços dos ativos”.

Esse movimento acabou sendo potencializado por um ambiente externo mais adverso, com queda das bolsas americanas e maior cautela global.

Felipe também destacou que, apesar das perdas recentes, o mercado americano ainda opera próximo das máximas históricas, o que aumenta a sensibilidade a ajustes. Para Corleta, o mau humor em Wall Street está concentrado nas big techs, pressionadas por valuations elevados“.

Já vemos analistas comparando esse momento com outros períodos bastante especulativos, especialmente no setor de tecnologia”, afirmou, citando o desempenho negativo de empresas ligadas à inteligência artificial e infraestrutura digital.

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Nesse contexto, ele chamou atenção para os elevados investimentos dessas companhias. De acordo com Corleta, empresas como Oracle e outras ligadas a data centers estão assumindo compromissos de CAPEX muito elevados, “em níveis que não são compatíveis com a receita que essas companhias apresentam hoje”, o que reforça o movimento de correção.

Apesar de reconhecer que a inteligência artificial é uma tendência estrutural, o especialista pondera que há espaço para ajustes mais profundos nos preços das ações.

No Brasil, Corleta avalia que o mercado já começa a precificar o início do corte da Selic em março, o que ajuda a explicar um dólar mais controlado, mesmo com o estresse externo, mas que segue pesando sobre a bolsa. Ele ressalta que, embora alguns bancos ainda vejam espaço para corte em janeiro, “o consenso hoje parece caminhar para março”, mantendo o investidor cauteloso no curto prazo.

Para os próximos pregões, o foco segue nos EUA. Segundo o sócio da Brasil Wealth, a divulgação do CPI americano pode recalibrar as expectativas sobre os juros. “O mercado está tentando entender se o Fed pausa ou volta a cortar mais à frente, e o dado de inflação será fundamental para definir essa trajetória”, concluiu.

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