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Não existe nível seguro para o consumo de álcool, diz médico americano
Publicado 04/01/2025 • 15:29 | Atualizado há 8 meses
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Publicado 04/01/2025 • 15:29 | Atualizado há 8 meses
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Beber uma taça de vinho por dia é frequentemente promovido como uma escolha saudável para o coração. Mas essa percepção pode estar mudando.
Enquanto As Diretrizes Alimentares para Americanos (Dietary Guidelines for Americans, em inglês) encorajam as pessoas a evitar o consumo excessivo de álcool, o mais recente comunicado do cirurgião-geral dos Estados Unidos, Vivek Murthy, indica que pequenas quantidades de álcool podem ser prejudiciais e aumentar o risco de desenvolver câncer.
O álcool é uma causa de câncer bem estabelecida e evitável, responsável por cerca de 100 mil casos de câncer e 20 mil mortes pela doença anualmente nos Estados Unidos. Esse número supera as 13,5 mil mortes anuais em acidentes de trânsito relacionados ao consumo de álcool no país. Ainda assim, a maioria dos americanos desconhece esse risco.
O documento aponta estudos que identificaram uma ligação clara entre o consumo de álcool e um risco maior de desenvolver sete tipos de câncer, incluindo o de mama.
“Agora sabemos que não há um nível seguro para o consumo de álcool, e que o álcool é um cancerígeno conhecido”, diz o Dr. Faiz Bhora, professor de cirurgia e chefe regional de cirurgia na Hackensack Meridian Health e na Hackensack Meridian School of Medicine.
“Mecanismos de dano celular causados pelo álcool estão bem estabelecidos. Ele provoca estresse oxidativo e prejudica a reparação do DNA, entre outros mecanismos que levam à desregulação do ciclo celular e à formação de câncer.”
O cirurgião-geral pede que os fabricantes de bebidas alcoólicas, como cervejas e destilados, atualizem os rótulos de advertência para incluir o risco de câncer. Atualmente, os rótulos alertam principalmente contra o consumo por grávidas e a combinação de álcool com direção.
“Pressões sociais e políticas estão nos impedindo de fazer a coisa certa, que seria colocar um aviso claro em uma substância comprovadamente tóxica”, disse Bhora à CNBC Make It.
Segundo apurou a CNBC, as ações de fabricantes de bebidas alcoólicas, como Molson-Coors e Anheuser-Busch, inicialmente caíram mais de 1% após o comunicado.
Até mesmo afirmações anteriores sobre os efeitos positivos de uma taça de vinho tinto diária estão sendo questionadas. Estudos prévios que indicavam que pequenas quantidades de álcool podem reduzir o risco de doenças cardiovasculares estão sendo criticados por sua metodologia, de acordo com o The New York Times.
“É difícil encontrar benefícios no consumo de álcool”, afirma Bhora. “Talvez uma redução do estresse com algum comprometimento emocional, mas nem tenho certeza se isso é algo realmente positivo.”
“Sempre ouvimos histórias de pessoas de 80 ou 90 anos vivendo saudavelmente e atribuindo isso a uma taça de vinho ou uísque. Não sei se há qualquer correlação científica verdadeira nisso”, acrescenta.
Bhora destaca que o consumo de álcool está profundamente enraizado em nossa cultura e que as pessoas o utilizam como “muleta para interações sociais e por razões emocionais”.
No entanto, ele observa que, atualmente, muitas pessoas “se sentem à vontade para recusar álcool em restaurantes ou festas por motivos de saúde, e acho que isso deve ser incentivado e apoiado como um primeiro passo”.
Como início, Bhora sugere “abandonar o conceito de que uma dose por dia é segura ou benéfica”. Ele recomenda limitar o consumo ao fim de semana, se você está tentando reduzir a ingestão, e eliminá-lo gradualmente da dieta, se desejar.
“Quando muitos dos meus amigos e colegas pararam de beber ou reduziram significativamente o consumo, eles acharam isso libertador”, conta Bhora. “Eles não dependem mais do álcool para interações sociais, têm muito mais clareza de pensamento e, em muitos casos, acabam sendo muito mais produtivos.”
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Juliana Colombo é jornalista especializada em economia e negócios. Já trabalhou nas principais redações do país, como Valor Econômico, Forbes, Folha de S. Paulo e Rede Globo.
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