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Dívidas comprometem metade da renda familiar; entenda
Publicado 26/12/2025 • 14:30 | Atualizado há 4 horas
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Publicado 26/12/2025 • 14:30 | Atualizado há 4 horas
KEY POINTS
O avanço do endividamento e a alta no custo das taxas de juros têm retraído a disposição das famílias brasileiras em buscar novos empréstimos. Segundo dados do Banco Central, o estoque de dívidas já representa 49,3% da renda anual das famílias, enquanto a fatia do orçamento mensal comprometida com o pagamento desses débitos subiu para 29,4%. Esse cenário de perda de fôlego no setor é impulsionado, sobretudo, pelos juros do crédito livre para pessoas físicas, que atingiram o patamar de 59,4% ao ano.
Com índices que remetem a novembro de 2022, o endividamento atual volta a se aproximar dos 49,4% da renda verificados naquele período, ainda sob reflexo dos efeitos da crise sanitária. Os dados, compilados pelo Banco Central, refletem o conjunto de dívidas das famílias com o sistema bancário. Estão incluídos nesse levantamento desde financiamentos e empréstimos pessoais até o crédito consignado e as despesas contraídas via cartão de crédito.
O dado se traduz em um comprometimento de quase metade da renda anual das famílias com o pagamento de empréstimos, financiamentos e dívidas de cartão. No entanto, o avanço do endividamento não impediu que o montante total de crédito para pessoas físicas continuasse a crescer, evidenciando uma continuidade na busca por recursos, mesmo com o orçamento pressionado.
Leia também: Luiza Trajano critica juros altos e alerta para endividamento das famílias por causa das bets
O volume total de crédito ampliado para as famílias encerrou novembro em R$ 4,7 trilhões, o equivalente a 37,2% do PIB nacional. Esse avanço sinaliza que o brasileiro continua recorrendo ao sistema financeiro mesmo sob condições mais onerosas. O movimento indica que a contratação de novos montantes serve como ferramenta para sustentar gastos cotidianos ou como estratégia de reestruturação de dívidas já existentes no orçamento familiar.
A expansão do crédito, contudo, mostra sinais de perda de fôlego. Segundo dados do Sistema Financeiro Nacional, o crescimento do estoque total em 12 meses recuou de 10,2% para 9,5%. Essa trajetória de desaceleração sinaliza uma postura mais prudente por parte de consumidores e empresas, que têm demonstrado menor disposição para novos empréstimos e financiamentos.
O movimento de retração é mais visível entre as empresas, onde o crédito ampliado alcançou R$ 6,8 trilhões (53,8% do PIB), mas registrou estagnação no último mês. No período de um ano, a alta foi de 4,8%, sustentada majoritariamente pela emissão de títulos de dívida. Segundo os dados, essa tendência sugere que muitas companhias estão priorizando fontes alternativas ao crédito bancário convencional para manter suas operações.
O volume de novos empréstimos contratados em novembro sinaliza uma redução clara na disposição do mercado em buscar crédito. No período, as concessões atingiram R$ 637,5 bilhões, uma queda de 6,6% em relação ao mês anterior. De acordo com o balanço, o recuo persiste mesmo após ajustes estatísticos e atinge simultaneamente o crédito às famílias e ao setor corporativo, evidenciando um comportamento mais cauteloso de ambos os perfis de tomadores.
A barreira das altas taxas de juros explica a retração nas concessões, com o custo médio das novas operações em 31,9% ao ano. No recorte por famílias, o juro médio alcança 37,0% anuais, mas o peso financeiro é maior no crédito livre, onde a taxa chega a 59,4% ao ano. O avanço nesse segmento, que engloba crédito pessoal e cartão de crédito, reflete principalmente a pressão das modalidades não consignadas e do cartão de crédito parcelado.
A inadimplência demonstrou fôlego e permaneceu estável, apesar do cenário adverso. Os atrasos acima de 90 dias atingiram 3,8% da carteira total, patamar superior ao registrado há 12 meses. Quando analisado apenas o crédito livre às famílias, o nível de calotes chegou a 6,3%, refletindo o impacto direto do aperto financeiro na capacidade dos brasileiros de manter seus compromissos.
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