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Disney quebra recorde de bilheteria em 2025 com sequências e remakes

Publicado 27/12/2025 • 11:40 | Atualizado há 5 horas

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Semanalmente, Michaele Gasparini destrincha um dos principais temas da indústria de mídia na semana. Nada passa despercebido ao olhar da colunista: tudo o que movimenta o mercado e rende milhões de dólares em publicidade nas emissoras de televisão e nas plataformas de streaming estará aqui.

Frames dos filmes Lilo e Stitch e Zootopia 2

A Disney fechou o ano de 2025 com uma arrecadação total de US$ 6 bilhões nas bilheteiras globais, marcando o maior desempenho do estúdio desde 2019. O resultado confirma a recuperação comercial da empresa após os impactos da pandemia de Covid-19 e reflete uma estratégia centrada na reutilização de marcas já conhecidas pelo público.

Grande parte do faturamento veio de remakes e adaptações em live-action, como Lilo & Stich, além de sequências, caso de Zootopia 2, modelo que se consolidou como principal motor de receita do estúdio ao longo do ano. A decisão de investir em novas versões de histórias familiares, com forte apelo nostálgico, se mostrou acertada do ponto de vista comercial. Essas produções dominaram os rankings de bilheteria e lideraram o desempenho internacional da empresa.

A preferência por propriedades já estabelecidas reduz o risco de rejeição do público e garante ampla identificação com as narrativas apresentadas. No mercado global, esse fator foi decisivo para o sucesso financeiro da Disney em 2025, especialmente em regiões como América Latina, Europa e Ásia, onde essas franquias têm penetração consolidada há décadas.

O uso do formato live-action também permitiu à Disney expandir seu alcance para além do público infantil, atraindo jovens adultos e famílias inteiras para os cinemas. O fator nostálgico, aliado a efeitos visuais modernos e campanhas de marketing de grande escala, transformou essas adaptações em eventos culturais capazes de mobilizar audiências em múltiplos mercados.

Em termos estratégicos, o estúdio optou por priorizar títulos de forte reconhecimento, adaptando sua linha de produção para evitar apostas em narrativas inéditas. Essa política foi intensificada após os resultados instáveis de anos anteriores, marcados por títulos originais que não alcançaram o retorno esperado. Em 2025, a resposta foi clara: o público buscou o que já conhecia.

O desempenho financeiro deste ano recoloca a Disney no centro da indústria cinematográfica global, após um período de oscilações. A arrecadação de US$ 6 bilhões representa um avanço significativo em relação a 2023 e 2024, quando a empresa enfrentou quedas sucessivas no rendimento de suas produções para cinema.

Com o sucesso dos remakes e versões live-action, a tendência é de continuidade nesse formato nos próximos anos, escanteando cada vez mais histórias novas e originais, que acabaram sendo responsáveis por alguns dos maiores fracassos do estúdio neste ano, como já abordado anteriormente em Fábrica de Mídia.

Por Michaele Gasparini

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