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Deepfakes avançam em 2025, desafiam sistemas de segurança e ampliam riscos para empresas

Publicado 27/12/2025 • 09:30 | Atualizado há 4 horas

KEY POINTS

  • O avanço acelerado amplia ameaças a operações, reputação e sistemas financeiros.
  • Avatares sintéticos interativos elevam riscos para videoconferências, autenticação e atendimento digital.
  • Assinaturas criptográficas, padrões globais e ferramentas forenses passam a ser o principal escudo contra deepfakes.

Ao longo de 2025, os deepfakes avançaram rapidamente em realismo, escala e acessibilidade, tornando rostos, vozes e performances geradas por inteligência artificial cada vez mais difíceis de distinguir de registros reais. O uso da tecnologia para fraudes, desinformação e golpes financeiros se intensificou.

Em situações comuns, como chamadas de vídeo de baixa resolução e conteúdos distribuídos em redes sociais, o nível de fidelidade já é suficiente para enganar usuários sem conhecimento técnico. Na prática, mídias sintéticas tornaram-se indistinguíveis de gravações autênticas para o público em geral e, em alguns casos, também para processos institucionais.

O crescimento não se limita à qualidade. Segundo a empresa de cibersegurança DeepStrike, o número de deepfakes online saltou de cerca de 500 mil em 2023 para aproximadamente 8 milhões em 2025, o que representa uma taxa de crescimento anual próxima de 900%.

Especialistas avaliam que o cenário tende a se agravar em 2026, com a evolução dos deepfakes para síntese em tempo real, permitindo a criação de personagens digitais capazes de interagir ao vivo.

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Avanços técnicos reduzem sinais de detecção

Três mudanças tecnológicas explicam esse avanço.

A primeira é o salto no realismo dos vídeos, impulsionado por modelos capazes de manter consistência temporal. Essas ferramentas produzem imagens com movimentos contínuos, identidades estáveis e coerência entre quadros, eliminando distorções que antes facilitavam a identificação de deepfakes.

A segunda é a evolução da clonagem de voz. Atualmente, poucos segundos de áudio são suficientes para gerar vozes artificiais com entonação, ritmo e emoção naturais. Esse avanço já impacta o setor corporativo. Grandes varejistas relatam receber mais de mil chamadas fraudulentas geradas por IA por dia.

O terceiro fator é a popularização de ferramentas de IA para o consumidor final. Soluções como OpenAI Sora 2 e Google Veo 3, além de novas startups, permitem criar conteúdo audiovisual sofisticado em minutos, com roteiros, vozes e imagens gerados automaticamente. A produção de deepfakes em escala tornou-se tecnicamente acessível.

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Impacto direto sobre empresas e instituições

A combinação de volume elevado e personagens digitais altamente realistas dificulta a verificação de autenticidade, especialmente em um ambiente de informação acelerado. Casos de fraude financeira, assédio direcionado e campanhas de desinformação já foram registrados antes que sistemas de checagem conseguissem reagir.

Analistas destacam que, com o avanço da síntese em tempo real, os riscos se ampliam para videoconferências corporativas, processos de autenticação, atendimento ao cliente e operações financeiras remotas.

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Defesa migra para soluções de infraestrutura

A expectativa para 2026 é de que os deepfakes avancem para avatares digitais interativos, capazes de reagir instantaneamente a estímulos humanos. Com isso, a avaliação visual ou auditiva feita por pessoas deixa de ser suficiente.

A proteção passa a depender de infraestrutura tecnológica, como assinaturas criptográficas de mídia, sistemas de proveniência de conteúdo e ferramentas de análise forense multimodal. Iniciativas como os padrões da Coalition for Content Provenance and Authenticity (C2PA) ganham relevância nesse contexto.

Para empresas, reguladores e plataformas, o desafio deixa de ser apenas tecnológico e passa a ser estratégico, envolvendo governança, segurança da informação e confiança digital.

(com informações da Gizmodo)

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