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Publicado 14/01/2025 • 19:41
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Imagine seu coração como uma casa herdada de sua família. Assim como uma casa antiga, ele pode ter suas peculiaridades e necessitar de cuidados especiais. Seu histórico familiar de problemas cardíacos é como um manual de manutenção dessa casa – não é um motivo para pânico, mas um convite para se tornar um excelente zelador da sua própria saúde.
João, um homem de 45 anos, acordou em uma manhã de domingo com uma sensação estranha no peito. Não era dor, mas um desconforto que o deixou apreensivo. Seu pai havia falecido de ataque cardíaco aos 50 anos, e aquela lembrança sempre pairava em sua mente como um alerta constante. Foi nesse momento que João percebeu que era hora de assumir o controle de sua saúde cardíaca.
A história de João não é única. Muitos de nós carregamos em nossos genes a predisposição para problemas cardíacos. É como se tivéssemos herdado um mapa que indica áreas de atenção em nossa saúde. No entanto, ter esse mapa pode ser nossa maior vantagem. Afinal, conhecer os riscos é o primeiro passo para uma vida saudável.
O coração, esse incansável músculo que bombeia vida para cada canto do nosso corpo, às vezes precisa de um olhar mais atento, especialmente quando sabemos que nossos ancestrais enfrentaram desafios cardíacos. É como cuidar de uma planta rara: requer atenção constante e cuidados específicos para florescer.
Mas como exatamente podemos cuidar desse órgão vital quando sabemos que há uma história familiar de problemas? A resposta está em uma abordagem que chamamos de “Prevenção Cardíaca 24 horas”. Não se trata de viver em constante estado de alerta, mas sim de incorporar hábitos saudáveis que, como pequenos ajustes diários, moldam positivamente nossa saúde ao longo do tempo.
Vamos começar pela alimentação, esse combustível diário que abastece nosso coração. Uma dieta balanceada é como escolher o melhor óleo para o motor do seu carro. Frutas, verduras, grãos integrais e proteínas magras são os ingredientes de uma receita para um coração feliz. Reduzir o consumo de alimentos processados, ricos em gorduras saturadas e açúcares, é como evitar combustível de baixa qualidade que pode entupir as “vias” do nosso corpo.
Maria, uma chef de 38 anos com histórico familiar de hipertensão, descobriu que podia usar sua paixão pela culinária a favor de sua saúde cardíaca. Ela começou a experimentar receitas ricas em ômega-3, encontrado em peixes como salmão e sardinha, e a incorporar mais alimentos ricos em potássio, como banana e abacate, conhecidos por auxiliar no controle da pressão arterial. “Cozinhar se tornou minha forma de medicina preventiva”, conta ela com satisfação.
A alimentação é apenas uma peça do quebra-cabeça. O exercício físico regular é como dar ao coração um treinamento constante, preparando-o para os desafios da vida. Não é preciso se tornar um atleta olímpico – uma caminhada diária de 30 minutos pode fazer maravilhas. Carlos, um contador de 50 anos, começou a pedalar para o trabalho três vezes por semana. “No início, eu chegava ofegante. Agora, sinto que meu coração está mais forte que nunca”, ele relata, orgulhoso.
O estresse, esse vilão silencioso da vida moderna, merece atenção especial. É como uma tempestade constante batendo contra o casco do nosso barco-coração. Técnicas de relaxamento, meditação ou simplesmente reservar um tempo para atividades prazerosas podem ser âncoras poderosas em mares agitados. Ana, uma executiva de 42 anos, descobriu o poder da ioga. “Quinze minutos pela manhã mudaram minha vida. Minha pressão arterial, que sempre foi alta como a do meu pai, finalmente estabilizou”, relata.
Como saber se estamos no caminho certo? É aí que entra o monitoramento contínuo. Imagine ter um GPS para sua saúde cardíaca. Dispositivos para medir pressão arterial e glicemia em casa tornaram-se aliados valiosos. Pedro, um professor de 55 anos, adotou a rotina de medir sua pressão todas as manhãs. “É como checar a previsão do tempo antes de sair de casa. Sinto-me mais preparado para o dia”, explica.
A tecnologia tem sido uma grande aliada nessa jornada de autocuidado. Aplicativos de smartphones e relógios inteligentes podem monitorar nossos batimentos cardíacos, níveis de atividade física e até mesmo a qualidade do sono. É como ter um copiloto 24 horas por dia, alertando sobre possíveis desvios de rota.
É importante lembrar que esses dispositivos são ferramentas de apoio, não substitutos para o acompanhamento médico regular. Consultas periódicas com um cardiologista são como paradas para manutenção em nossa viagem pela vida. Exames como eletrocardiograma, teste ergométrico e ecocardiograma podem oferecer uma visão mais profunda da saúde do nosso coração.
Dr. Rodrigo Souza – CRM PA 7926 – RQE Nº: 4130 – RQE Nº: 4137
Cardiologista
Dr. Rodrigo Souza é cardiologista com especialização em hemodinâmica e cardiologia intervencionista, com foco em doenças coronárias e fisiologia vascular. Coordena o Serviço de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Viana, além de atuar no Programa Acadêmico da Residência Médica em Cardiologia do Hospital do Coração do Pará, vinculado à Universidade do Estado do Pará. Atua ativamente junto às Ligas Acadêmicas de Cardiologia, Urgência e Emergência, Clínica Médica.
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