Mais olho no olho, menos tela: os efeitos da proibição de celulares nas escolas
Publicado 03/02/2025 • 16:13 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 03/02/2025 • 16:13 | Atualizado há 2 meses
A presença dos celulares no ambiente escolar tem sido um tema de debate constante entre educadores, pais e autoridades. Com o avanço da tecnologia e a crescente dependência digital, o governo está adotando medidas restritivas quanto ao uso desses dispositivos em sala de aula. A proibição de celulares visa melhorar a concentração dos alunos, favorecer o desenvolvimento de habilidades socioemocionais e incentivar hábitos mais saudáveis de aprendizado.
Um dos principais argumentos a favor da proibição dos celulares é a melhoria da concentração e do desempenho acadêmico dos alunos. Estudos apontam que o uso excessivo de dispositivos eletrônicos pode prejudicar a atenção e a capacidade de retenção de informação. A cada notificação recebida ou verificação de mensagens, o estudante perde segundos ou minutos preciosos, fragmentando seu foco e prejudicando seu aprendizado.
A atenção dividida entre várias tarefas, como assistir à aula e checar o celular, reduz a capacidade de memorização. Ao eliminar essa distração, os alunos podem se envolver mais ativamente nas aulas, absorver melhor os conteúdos e desenvolver habilidades cognitivas essenciais para o aprendizado a longo prazo.
Além disso, pesquisas realizadas em escolas que implementaram a proibição do uso de celulares apontam para um aumento significativo no rendimento escolar, especialmente entre alunos que tinham maior dificuldade de concentração.
Outro impacto positivo da proibição dos celulares é o fortalecimento das interações sociais e do desenvolvimento emocional dos alunos. O tempo excessivo de tela muitas vezes substitui a comunicação presencial, reduzindo a capacidade das crianças e adolescentes de desenvolverem habilidades como empatia, escuta ativa e resolução de conflitos.
Sem a distração constante do celular, os estudantes são incentivados a interagir mais uns com os outros, seja durante o recreio, nos intervalos ou em atividades em grupo. Essa interação contribui para o fortalecimento dos laços sociais, cria um ambiente escolar mais colaborativo e reduz situações de isolamento e bullying.
Além disso, a exposição contínua às redes sociais pode aumentar os níveis de ansiedade e comparação social entre os jovens, afetando sua autoestima e bem-estar emocional. Com a limitação do uso dos celulares, as crianças passam a vivenciar as experiências escolares de forma mais autêntica, sem a pressão constante de registrar tudo nas redes ou se comparar com padrões irreais.
Porém, para que a proibição dos celulares seja eficaz e bem aceita, é essencial que famílias e escolas trabalhem juntas na implementação dessa medida. A conscientização dos pais sobre os efeitos negativos do uso excessivo de telas é fundamental para garantir que os hábitos desenvolvidos na escola também sejam incentivados em casa.
Algumas estratégias podem facilitar essa transição:
1. Diálogo e transparência – Explicar para os alunos os motivos da proibição e os benefícios que ela trará para seu aprendizado e bem-estar.
2. Dar alternativas – Incentivar atividades que substituam o tempo de tela, como esportes, leitura e brincadeiras ao ar livre.
3. Seja exemplo – Os pais devem dar o exemplo, reduzindo o uso do celular em momentos de convívio familiar.
4. Uso consciente da tecnologia – Ensinar os jovens a utilizar os dispositivos de forma equilibrada, priorizando momentos de estudo e interação social presencial.
A proibição do uso de celulares nas escolas é uma medida que, quando bem planejada e acompanhada de um trabalho de conscientização, pode trazer grandes benefícios para o aprendizado e a socialização dos alunos. Reduzindo as distrações, promovendo a interação presencial e incentivando hábitos mais saudáveis, essa política contribui para um ambiente escolar mais produtivo e harmonioso.
No entanto, é essencial que a discussão sobre o uso da tecnologia na educação continue evoluindo, garantindo que as ferramentas digitais sejam utilizadas de maneira equilibrada e positiva, tanto dentro quanto fora da sala de aula. A colaboração entre família, escola e sociedade é fundamental para preparar os jovens para um futuro no qual o uso consciente da tecnologia seja aliado do aprendizado e do bem-estar.
Flávia Carnielli – CRP 06/95142 Psicóloga
Formada em Psicologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, possui especializações em Psicologia Hospitalar (HCor) e Psicologia Perinatal (Instituto Gerar), além de um Mestrado em Psicologia Clínica pela PUC-SP, com foco nos cuidados com filhos e famílias.
Atuou como Psicóloga Hospitalar no Hospital e Maternidade Santa Joana e na Pro Matre Paulista, onde atendeu gestantes, puérperas e familiares.
Atualmente, atende crianças, adolescentes e adultos, promovendo o autoconhecimento e o equilíbrio emocional.
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