Santander: Ações sobem 7% após lucro recorde no 4° trimestre
Publicado 05/02/2025 • 10:10 | Atualizado há 3 meses
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Publicado 05/02/2025 • 10:10 | Atualizado há 3 meses
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Foto: Eduardo Pazos/Wikipedia Commons
As ações do Banco Santander dispararam após o maior banco da Espanha reportar um lucro recorde no quarto trimestre e anunciar planos de recompra de ações no valor de 10 bilhões de euros (US$ 10,4 bilhões) com os lucros de 2025 e 2026, além de capital excedente previsto.
O lucro líquido do banco cresceu 11% em relação ao ano anterior, chegando a 3,265 bilhões de euros no quarto trimestre, e subiu 14% no acumulado do ano, atingindo 12,574 bilhões de euros.
O Santander destacou um aumento na atividade dos clientes, forte gestão de margem e crescimento nas operações, especialmente no setor principal de varejo. A instituição acrescentou 8 milhões de novos clientes em 2024, totalizando 173 milhões.
O retorno sobre patrimônio tangível (RoTE), uma medida de rentabilidade, subiu para 16,3% em 2024, em comparação com 15,1% no ano anterior. As ações do Santander subiam 7,4% às 10h58, horário de Londres.
Assim como outros bancos europeus, o Santander se beneficiou do ambiente de altas taxas de juros pós-Covid-19, mas agora enfrenta a perda desse suporte com a flexibilização da política monetária pelo Banco Central Europeu.
Para 2025, o Santander projetou cerca de 62 bilhões de euros em receita, crescimento médio-alto de dígitos únicos na receita líquida de taxas, RoTE acima de 17% e um índice CET1 — indicador de resiliência de um banco — de 13%, após alcançar 12,8% em 2024.
“Anunciamos resultados recordes pelo terceiro ano consecutivo, enquanto continuamos a aumentar receita, lucratividade e retornos”, disse a presidente executiva do Santander, Ana Botín, em comunicado sobre os resultados, destacando que a escala do banco permite construir suas próprias plataformas tecnológicas, reduzindo custos e melhorando a alavancagem operacional.
“Estamos crescendo em clientes, oito milhões. Estamos crescendo em receita, lucro e rentabilidade. Então, tudo está indo na direção certa”, afirmou Botín na quarta-feira no programa “Squawk Box Europe” da CNBC, acrescentando que espera “um próximo ano bastante estável”, com o banco focado em reduzir custos.
Questões sobre a presença global do Santander surgiram este ano, com relatos de uma possível saída das operações no Reino Unido — o que Botín negou. Questionada na quarta-feira sobre o futuro do setor bancário europeu, Botín disse: “A primeira coisa importante a considerar na Europa é que não há um marco hoje para fusões e aquisições transfronteiriças. O que você verá, e já está vendo, é a consolidação dentro dos mercados.”
Os comentários de Botín surgem em meio a um crescente apetite por consolidações no setor bancário europeu, com especulações sobre uma possível oferta transfronteiriça após a UniCredit adquirir participação surpresa no Commerzbank da Alemanha desde setembro.
O segundo maior banco da Itália também lançou uma oferta de aquisição pelo Banco BPM, enquanto o Monte dei Paschi fez uma proposta pelo Mediobanca na Itália.
“Vários de nossos concorrentes estão mais focados em mercados únicos. Isso significa que, quando não há muito crescimento e não há opção de fusão transfronteiriça, você verá consolidação dentro dos mercados”, disse Botín.
Juliana Colombo é jornalista especializada em economia e negócios. Já trabalhou nas principais redações do país, como Valor Econômico, Forbes, Folha de S. Paulo e Rede Globo.
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