Ações da Novo Nordisk sobem após lucro acima do esperado e aumento nas vendas do Wegovy
Ações da Apple caem 3% no pré-mercado após China considerar investigação sobre práticas da App Store
Demanda global por ouro atinge novo recorde em 2024; apetite pelo metal em 2025 segue forte
Disney supera previsões de lucro, mas perde assinantes do Disney+
Mattel diz que Barbies e Hot Wheels podem ficar mais caros com as tarifas de Trump
Publicado 06/02/2025 • 07:34
KEY POINTS
Reprodução/LnkedIn
Uma das maiores dificuldades dos pequenos negócios brasileiros é a falta de acesso a empréstimos, de acordo com o Sebrae. A entidade disse que as micro e pequenas empresas, por exemplo, acessam apenas 20% do total de crédito disponível no mercado. Uma realidade que atrapalha o crescimento dos negócios e, por consequência, a economia brasileira.
“Uma das dores do Brasil é a concessão de crédito. E o Open Finance pode mudar isso”, afirmou Fernando Amaral, VP de Soluções e Inovação da Visa do Brasil, em entrevista ao DC NEWS Talks. Ele enxerga que a expansão do Open Finance deve impulsionar a oferta de dinheiro a setores como o varejo.
Leia também:
“A Associação Comercial [de São Paulo] trabalha muito nisso. A concessão de crédito é muito menor do que deveria ser.” Na avaliação dele, o Open Finance pode dar mais condição a bancos e fintechs oferecerem dinheiro ao mercado porque eles conseguem analisar melhor o perfil do tomador. “A gente acredita piamente no Open Finance e estamos ajudando a desenvolver esse mercado.”
“Quando o mercado conseguir tangibilizar isso ao cliente, vai mudar tudo.” Ele avaliou que o país ainda “engatinha” nesse sentido, mas que há avanços reais. “Somos um caso acelerado no mundo, mas existe um grande trabalho, que envolve também a confiança do cliente.”
A Visa tem um case de Open Finance, disse Amaral, em parceria com a Celero, iniciada em 2022. Esta empresa se especializou em desenvolver sistemas de gestão para pequenas e médias empresas. O projeto consiste em consolidar dados de gestão de fluxo de caixa. “Isso ajuda na gestão e integra a visão geral do negócio”, disse Amaral.
O resultado é que é possível avaliar a saúde financeira da empresa, o que facilita a concessão de crédito. Este projeto, por meio de uma associação com a própria Celero e o Sicredi, concedeu R$ 100 milhões em crédito para essas empresas, de acordo com Amaral. “Mais dado, mais confiança para quem empresta”, disse.
O Drex, moeda digital brasileira em desenvolvimento pelo Banco Central, conta com o apoio de empresas de variados setores, incluindo a Visa. Amaral discorreu sobre esse tema também no DC NEWS Talks.
Espera-se que, após o estouro do Pix (movimentação em 2024 foi de R$ 26,455 trilhões, de acordo com dados do BC), o Drex ganhe adesão e escalabilidade. Para isso, o universo que envolve bancos, fintechs e meios de pagamento trabalha para não perder a chance nesse campo.
A Visa, por exemplo, mergulhou de cabeça. De certo modo, está pronta, porque já opera no mercado apoiando players. A companhia está otimista em relação às moedas digitais, disse Amaral.
“A gente está suportando um dos nossos clientes, que é a XP. E estamos em dois casos de uso nessa nova fase do piloto do Banco Central”, afirmou Amaral. O VP também falou em diversificação e agnosticidade para fazer receita. “Acreditamos muito que o mundo vai passar por uma economia tokenizada. O blockchain e as moedas digitais fazem parte desse futuro.”
Nessa linha, a Visa construiu uma plataforma, a Vitep, que nada mais é do que uma plataforma de tokenização de ativos. Ela foi construída para ajudar o mercado a usar moedas digitais e pode ser usada também para o Drex.
“Para você ajudar o modelo de tokenização, é preciso uma infraestrutura robusta que ainda precisa ser construída”, disse Amaral. Ele destacou que a tokenização já representa 65% das transações online no Brasil e reduz em quatro vezes a ocorrência de fraudes. “Quando você tokeniza uma transação, cria uma credencial única, o que traz muito mais segurança”, afirmou.
Outra linha de trabalho da companhia é a aceitação de cartões em regiões menos bancarizadas. Uma das soluções é o tap to phone, que transforma celulares em máquinas de pagamento.
“Já temos mais de 6 milhões de dispositivos habilitados no Brasil, o que facilita o acesso ao crédito em regiões distantes”, disse Amaral.
Outra iniciativa é a parceria com a Caixa, que permite o uso de cartões de crédito nas lotéricas, presentes em quase todos os municípios brasileiros.
Mais lidas
Após prejuízo de R$ 14 bi, TCU abre auditoria sobre a gestão da Previ, fundo de pensão do BB
Lucro do Itaú atinge R$ 10,9 bilhões no quarto trimestre de 2024
CEO da Ford nos EUA pede análise 'abrangente' de tarifas para todos os países
Prazo máximo de pagamento do empréstimo consignado aumenta para 96 meses
Super Bowl: marcas pagam até US$8 milhões por 30 segundos de publicidade no evento mais assistido do ano