Super Bowl: marcas pagam até US$8 milhões por 30 segundos no evento mais assistido do ano
Publicado 06/02/2025 • 08:12 | Atualizado há 3 meses
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Publicado 06/02/2025 • 08:12 | Atualizado há 3 meses
Quando Kansas City Chiefs e Philadelphia Eagles entrarem em campo no Super Bowl LIX, no dia 9 de fevereiro, em Nova Orleans, a disputa não acontecerá apenas dentro das quatro linhas. Fora do gramado, as maiores marcas do mundo estarão em uma competição à parte, disputando a atenção de mais de 200 milhões de espectadores com comerciais cada vez mais ousados e custosos.
O Super Bowl é o evento televisivo mais assistido dos Estados Unidos e um dos mais assistidos globalmente. Com essa visibilidade incomparável, o preço da publicidade atinge patamares recordes: o custo de um comercial de 30 segundos no Super Bowl LIX varia entre US$ 7 e 8 milhões (cerca de R$ 47 milhões). Algumas marcas também desembolsaram até US$ 4,5 milhões por espaços comerciais no pré-jogo, segundo a Variety.
Em um momento em que o streaming fragmenta a audiência e a publicidade digital desafia a televisão tradicional, o Super Bowl se firma como um dos últimos grandes bastiões da propaganda de massa. Como disse Mark Evans, vice-presidente executivo de vendas de publicidade da Fox Sports, em entrevista à CNBC: “Estamos em um período em que eventos esportivos ao vivo são ainda mais cobiçados. Ainda há espaço para crescimento”.
Com um investimento tão alto, os anunciantes sabem que cada segundo precisa causar impacto. Para isso, recorrem a estratégias que vão desde o uso de celebridades de renome até teasers e campanhas multiplataforma.
Entre os comerciais mais aguardados deste ano, destacam-se:
A eficiência desses comerciais é comprovada por pesquisas: um estudo da Ipsos mostrou que 80% dos telespectadores assistem aos comerciais do Super Bowl, e 11% afirmam que só assistem ao jogo por conta dos anúncios.
Para as marcas, o Super Bowl representa um momento-chave para construção de marca, reforço de identidade e ampliação do alcance. Empresas de alimentos, bebidas, tecnologia e serviços financeiros dominam a grade de anúncios, aproveitando o evento para consolidar produtos e lançar novidades.
Apesar do alto custo, os retornos podem ser massivos. Análises indicam que campanhas bem-sucedidas no Super Bowl podem gerar um impacto publicitário que se prolonga por semanas, alcançando audiências globais por meio de compartilhamentos nas redes sociais e discussões na mídia.
A tendência é que os comerciais do Super Bowl se tornem cada vez mais integrados a estratégias digitais, com ativações em redes sociais e colaborações com influenciadores antes, durante e depois do evento.
Além disso, o crescimento do streaming e a fragmentação da audiência podem levar a novas abordagens na comercialização dos espaços publicitários. O streaming do jogo pelo Tubi, plataforma da Fox, já é um indício dessa transição.
Independentemente das transformações no mercado, uma coisa é certa: enquanto o Super Bowl continuar sendo o maior evento esportivo dos Estados Unidos, seus comerciais continuarão a ser um dos investimentos publicitários mais cobiçados e comentados do mundo dos negócios.
Juliana Colombo é jornalista especializada em economia e negócios. Já trabalhou nas principais redações do país, como Valor Econômico, Forbes, Folha de S. Paulo e Rede Globo.
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