‘Podemos alcançar públicos maiores’, diz crítico, sobre sucesso do cinema nacional
Publicado 10/02/2025 • 11:11 | Atualizado há 3 meses
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Publicado 10/02/2025 • 11:11 | Atualizado há 3 meses
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Reprodução: Rede sociais
Reprodução: Rede sociais
Os filmes “Ainda Estou Aqui” e “Auto da Compadecida 2”, produzidos por diretores como Walter Salles, Guel Arraes e Flávia Lacerda, estão fazendo grande sucesso no Brasil e no exterior. Desde o lançamento, ambos já foram assistidos por 4 milhões de pessoas.
Em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC nesta segunda-feira (10), o crítico de cinema e fundador da CCXP, Marcelo Forlani, comentou os principais fatores que levaram os dois filmes a se tornarem “blockbusters” em 2024.
De acordo com Forlani, “Auto da Compadecida 2” se destacou por um marketing muito eficaz. Desde 2023, o filme já estava sendo promovido na CCXP, um evento importante para atrair o público para o cinema.
“Precisamos mostrar que há algo relevante para assistir, como é o caso de “Ainda Estou Aqui”, que já acumula três indicações ao Oscar. Mostrar quem são os autores, quando as filmagens começam, acompanhar a vida do filme e gerar curiosidade no público é essencial. Fora do Brasil, as pessoas acompanham o processo de produção, a “vida” do filme, mas infelizmente, essa atitude é rara por aqui. Então, quando o filme chega às telas, o público não tem expectativa”, afirmou Forlani.
Ele também destacou como a indústria internacional lida bem com a criação de expectativa em torno de seus filmes.
“Nos Estados Unidos os filmes demoram cerca de 1 a 3 anos para chegar ao cinema após o sinal verde, no Brasil esse período costuma ser maior. Além disso, parece que quem está fazendo cinema não quer falar que está fazendo filme. Nós temos potencial, mas não mostramos. Precisamos investir em novos gêneros, profissionais qualificados e dar mais espaço para que eles possam trabalhar e crescer. A verdade é que nossa indústria ainda não está totalmente consolidada”, completou.
Forlani ainda comentou sobre o financiamento de muitos filmes no Brasil pela Lei de Incentivo à Cultura, o que, muitas vezes, significa que o projeto já está praticamente pago antes mesmo de ser filmado. Existe um edital para a gravação, para o roteiro e para a distribuição.
“Se já está tudo pago, por que se preocupar tanto com a qualidade?”, questionou. Ele acredita que o sucesso de “Auto da Compadecida 2” e “Ainda Estou Aqui”, mostra que é possível atingir um público muito maior.
“Podemos alcançar mais do que 100 mil espectadores. Se conseguirmos isso, podemos comemorar números ainda maiores”, disse.
Ele reforçou a importância de investir em filmes de alta qualidade para atrair o público aos cinemas.
“A excelência no trabalho faz toda a diferença. Quando o dinheiro está em jogo, a qualidade se torna uma prioridade. Sou contra a ideia de que a indústria precisa ser movida apenas por incentivos financeiros, mas, no fim das contas, é a qualidade que garante o sucesso. O investimento do Estado é necessário, mas também precisamos de pessoas comprometidas em fazer filmes excepcionais. Só assim conseguiremos resultados significativos”, explicou Forlani.
Sobre as expectativas para o Oscar, ele afirmou: “Acredito que temos, sim, três indicações para” Ainda Estou Aqui “, mostra isso. Não somos favoritos, mas as chances de ganhar o prêmio de Melhor Filme Internacional cresceram um pouco. O filme está indo muito bem no exterior, estreou nos Estados Unidos e passou de 5 para 17 salas, o que está atraindo mais público. Isso faz uma grande diferença, porque quando todo mundo está falando sobre o filme, gera curiosidade e as pessoas acabam voltando para assisti-lo.”
Forlani também destacou a importância da participação de Nanda nos festivais e programas como o Clube de Outros, e o impacto do discurso dela.
“Tudo isso ajuda a criar curiosidade nos votantes do Oscar. Embora a Demi Moore seja a favorita, acho que podemos sonhar com esse Oscar, e até com dois, quem sabe? Melhor Filme Estrangeiro. Para Melhor Filme Principal, acho mais difícil, mas Parasita já ganhou, então quem sabe, né?”, finalizou.
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Juliana Colombo é jornalista especializada em economia e negócios. Já trabalhou nas principais redações do país, como Valor Econômico, Forbes, Folha de S. Paulo e Rede Globo.
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