Saiba tudo o que Trump prometeu à indústria de criptomoedas antes da eleição
Publicado 12/11/2024 • 18:47 | Atualizado há 5 meses
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Publicado 12/11/2024 • 18:47 | Atualizado há 5 meses
KEY POINTS
Imagem de Donald Trump em 5 de novembro de 2024
Evan Vucci/Associated Press/Estadão Conteúdo
Na noite da eleição, enquanto Donald Trump celebrava sua possível vitória em Mar-a-Lago, ele estava acompanhado por uma lista de aliados de destaque. Entre eles estavam Elon Musk, Robert F. Kennedy Jr. e Howard Lutnick, CEO da Cantor Fitzgerald. Essas três pessoas têm algo em comum: gostam de criptomoedas.
Esse é um setor sobre o qual Trump pouco falou até recentemente, mas que se tornou uma fonte importante de recursos para sua campanha. Ele respondeu fazendo grandes promessas.
Com a perspectiva de um Senado controlado pelos republicanos, Trump enfrenta poucos obstáculos para implementar uma plataforma mais favorável às criptomoedas. A seguir, algumas das promessas que ele fez:
Em julho, em Nashville, Trump foi o principal nome da maior conferência de bitcoin do ano. Em seu discurso de abertura, o ex-presidente afirmou que, caso voltasse à Casa Branca, garantiria que o governo federal nunca venderia suas reservas de bitcoin (o governo dos EUA confiscou criptoativos de criminosos).
“Por muito tempo nosso governo violou a regra fundamental que todo bitcoiner sabe de cor: nunca venda seu bitcoin”, disse Trump durante seu discurso principal.
“Se eu for eleito, a política do meu governo será manter 100% de todo o bitcoin que o governo dos EUA atualmente possui ou venha a adquirir no futuro”, disse ele.
Atualmente, o Serviço de Delegados Federais dos EUA realiza leilões regulares de bitcoin e outras criptomoedas, como ether e litecoin. Essas vendas podem, por vezes, desencadear quedas nos preços das criptos, como ocorreu no início deste ano, quando a Alemanha começou a liquidar centenas de milhões de dólares em bitcoin apreendidos.
Durante meses, Trump prometeu demitir o chefe da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês), Gary Gensler, que foi nomeado por Biden. Apesar das declarações do presidente eleito, o líder da Casa Branca não tem poder para demitir a pessoa à frente da SEC.
Gensler moveu mais de 100 ações contra empresas de criptomoedas durante seu mandato. Em entrevistas, ele disse que acredita que grande parte da indústria de criptoativos já lida com valores mobiliários e, portanto, deve ser supervisionada pela SEC.
As empresas de criptomoedas argumentam que as recentes batalhas jurídicas são um exagero da comissão.
Trump também prometeu criar um “conselho consultivo presidencial de bitcoin e criptomoedas”. “As regras serão escritas por pessoas que amam sua indústria, não odeiam sua indústria”, disse.
Trump falou expressamente sobre suas preocupações com a senadora Elizabeth Warren, D-Massachusetts, que é vista pela comunidade cripto como uma ameaça.
Em junho, cerca de dez executivos e especialistas em mineração de bitcoin se reuniram com Trump na residência do ex-presidente em Mar-a-Lago Club.
O encontro reuniu algumas das maiores mineradoras americanas do setor.
Menos de quatro horas após o término da mesa redonda de Trump, o ex-presidente foi às redes sociais para elogiar o negócio: “O ódio de Biden pelo Bitcoin só ajuda a China, a Rússia e a esquerda comunista radical.” postou Trump no Truth Social logo após sua reunião.
Desde então, Trump fez afirmações na mesma linha.
O Federal Reserve (o Banco Central dos EUA) define a taxa básica de juros.
O presidente do Fed, Jerome Powell, decidiu cortar as taxas nos últimos meses.
Cortes nas taxas e flexibilização da política monetária historicamente combinam com o aumento nos preços das criptomoedas, pois tornam mais barato tomar dinheiro emprestado.