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Preocupação é ter segurança além do normal por conta de incertezas e câmbio, diz diretor do BC
Publicado 17/02/2025 • 16:37 | Atualizado há 4 meses
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Publicado 17/02/2025 • 16:37 | Atualizado há 4 meses
KEY POINTS
Fachada do Banco Central do Brasil
Marcello Casal Jr/Agência Brasi
O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Nilton David, disse nesta segunda-feira (17) que o órgão está preocupado em ter um nível de segurança “além do normal” em suas decisões, dadas as incertezas e o comportamento atípico do câmbio.
David reafirmou que vai haver alta de 1 ponto porcentual da Selic como o cenário-base para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 18 e 19 de março.
“O diretor Diogo Guillen, de Política Econômica falou na sua primeira live que estávamos em terreno restritivo. Desde então, subiu mais 100 basis (pontos-base). O cenário-base é seguir por aí, porque temos o forward guidance indicação para março e também a nossa preocupação em ter um nível de segurança um pouquinho além do normal por conta dessa incerteza”, disse David.
Em sua primeira fala pública desde que assumiu o posto, David participou de um encontro empresarial promovido pela Amcham Brasil. Seu painel também teve a participação remota do secretário-executivo do ministério da Fazenda, Dario Durigan.
Ao abordar o cenário internacional, David mencionou, sem se aprofundar muito, as incertezas relacionadas às políticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “A gente não sabe onde ele vai graduar … Existe, de fato, uma incerteza além do normal.”
Além disso, acrescentou, o câmbio apresenta comportamento “pouco usual”, já que o normal seria uma apreciação do real no contexto de crescimento econômico e alta dos juros. O câmbio não mostrou o comportamento típico de ciclos de aperto monetário, explicou o diretor, porque os Estados Unidos, maior economia do mundo, também têm uma atividade pujante, ao mesmo tempo em que paga juros historicamente mais altos.
“Temos um cenário onde as incertezas são maiores, e são ainda maiores por esta circunstância especifica”, comentou David para, na sequência, fazer uma analogia da situação do BC com o futebol. “Antes, a gente estava num gol de sete metros; o gol agora tem 12 metros. Onde que tenho que me posicionar?”.
Ele reiterou as projeções do BC que apontam para a inflação em 5,2% no fim deste ano, convergindo para 4% – acima do centro de 3%, mas dentro do intervalo da meta – no terceiro trimestre do ano que vem.
Após ouvir Durigan falar sobre a discrepância nos pagamentos de tributos – situação que, conforme o secretário, o governo pretende enfrentar com a tributação dos mais ricos para financiar a ampliação da faixa de isenção do imposto de renda -, David disse que as mesmas desigualdades estão presentes na forma como a Selic impacta o crédito.
Ele citou como um desafio estrutural fazer com que créditos muito distantes da Selic, como o rotativo do cartão de crédito, passem a ser mais sensíveis aos juros de referência da economia.
O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Nilton David, disse nesta segunda-feira, 17, que, após o estresse nos mercados em novembro e dezembro, as incertezas diminuíram a partir de janeiro, permitindo uma recuperação do real ante o dólar.
“Ainda que as incertezas estejam longe de serem dirimidas, o fato é que hoje elas parecem menos incertas do que estavam ali em dezembro”, declarou David, durante participação no Plano de Voo Amcham 2025, encontro empresarial promovido pela Amcham Brasil.
O diretor do BC pontuou que a volatilidade está diminuindo, e considerou que os níveis de prêmio colocados na virada do ano talvez tenham sido exagerados.
O diretor do BC pontuou que a volatilidade está diminuindo, e considerou que os níveis de prêmio colocados na virada do ano talvez tenham sido exagerados.
Ele abriu o evento frisando que a oscilação cambial tem muito a ver com as incertezas no mercado, mas não atingiram apenas o real nos dois últimos meses do ano passado, citando o peso mexicano.
“As moedas todas começaram a sofrer … O investidor trabalha muito com o retorno sobre risco. No momento que aumenta a incerteza, você tem que demandar um prêmio maior do seu ganho esperado”, comentou David.
E acrescentou: “Se a percepção é que tem incertezas no mercado, o preço do dólar deveria subir, o preço da bolsa deveria cair, e o preço dos juros também deveria subir. Essas são as questões que mais sofrem com a incerteza. E foi um pouco o que a gente viu acontecendo de dezembro. Em janeiro, isso se reverteu. O monstro costuma ser menos feio quando acende a luz.”
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