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Fundadores de startups adotam ‘seed-strapping’ para enfrentar escassez de financiamento
Publicado 24/02/2025 • 08:44 | Atualizado há 8 meses
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Publicado 24/02/2025 • 08:44 | Atualizado há 8 meses
KEY POINTS
Com o crescimento da indústria moderna de venture capital, parecia que a criação de uma startup de tecnologia estava inevitavelmente atrelada à captação de investimentos institucionais. No entanto, muitos fundadores hoje Com o crescimento da indústria moderna de venture capital, parecia que a criação de uma startup de tecnologia estava inevitavelmente atrelada à captação de investimentos institucionais. No entanto, muitos fundadores hoje estão questionando essa suposição.
A prática do bootstrapping — ou seja, usar os próprios recursos para iniciar, expandir e escalar um negócio — não é novidade. Empresas famosas como Spanx, Craigslist e GoPro surgiram entre meados da década de 1990 e o início dos anos 2000 como ideias desenvolvidas de forma independente por anos antes de se tornarem empreendimentos multimilionários.
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Atualmente, o bootstrapping vem ganhando nova atenção entre empreendedores. Com isso, surge um novo conceito: o “seed-strapping”.
O conceito de “seed-strapping” entrou em discussão pública principalmente como uma reação à grande desaceleração da indústria de capital de risco no Vale do Silício e em outras regiões.
“Existe o bootstrapping e o capital de risco… O seed-strapping é, de certa forma, o ‘ponto de equilíbrio’ entre esses dois modelos”, afirmou Josh Payne, sócio-gerente da OpenSky Ventures, à CNBC. A ideia é captar uma única rodada de financiamento e, a partir disso, escalar de forma lucrativa, explicou ele.
Após a crise financeira de 2008, o Federal Reserve (Banco Central dos EUA) implementou uma política de juros zerados para estimular o crescimento econômico. Isso barateou o crédito e incentivou investidores, como os fundos de venture capital, a aplicarem mais dinheiro em ativos de maior risco.
Os estímulos econômicos durante a pandemia de Covid-19 intensificaram esse efeito, levando o financiamento de capital de risco a seu pico histórico. Isso resultou em algumas startups atingindo avaliações bilionárias, enquanto outras ficaram supervalorizadas e acabaram fracassando — como foi o caso da WeWork.
Com o fim da pandemia, o cenário se inverteu: investidores recuaram e os financiamentos de risco secaram. Diante disso, alguns fundadores começaram a considerar alternativas como o bootstrapping ou o seed-strapping para financiar suas startups.
Porém, alguns empreendedores afirmam que essa abordagem também oferece vantagens competitivas.
Wade Foster, cofundador e CEO da empresa de software multinacional Zapier, adotou o seed-strapping antes mesmo de o termo existir. Ele conta que iniciou a empresa ao lado de seus cofundadores em 2011, antes de levantar cerca de US$ 1,3 milhão em financiamento seed em outubro de 2012.
Após essa rodada inicial, a empresa passou a operar exclusivamente com base em sua receita, afirmou Foster. Em janeiro de 2014, a startup tornou-se lucrativa e, em 2020, alcançou US$ 100 milhões em receita recorrente anual.
“Eu não conhecia ninguém que estivesse fazendo isso [seed-strapping]”, disse Foster. Na época, os fundadores seguiam dois caminhos distintos: ou financiavam seus negócios de forma independente (bootstrapping) ou buscavam capital de risco. Foi apenas nos últimos anos que a ideia de uma única rodada de captação se popularizou, explicou ele.
Inicialmente, Foster e seus cofundadores tentaram seguir o modelo bootstrapped, mas acabaram optando por uma rodada seed para acelerar o crescimento.
“Começamos a empresa enquanto ainda estávamos na faculdade, e não éramos exatamente ricos”, disse ele. “Estávamos tentando seguir pelo bootstrapping, mas o progresso era muito lento. O seed-strapping nos permitiu trabalhar em tempo integral no projeto e nos dedicar completamente a ele.”
Depois da primeira rodada de investimentos, Foster e seus cofundadores decidiram que não captariam mais recursos.
“Para nós, não levantar mais dinheiro não teve nada a ver com o ambiente econômico, e sim com que conseguimos nos tornar lucrativos”, afirmou Foster. “Nossa receita estava triplicando ano a ano.”
“Mais capital teria apenas criado mais problemas para nós, e não queríamos lidar com a diluição se isso não fosse necessário”, disse Foster. “Não queríamos investidores ditando as regras… Queríamos estar no controle do nosso próprio destino.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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