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Brasil

Carnaval pode bater recorde de faturamento, superando R$ 12 bilhões

Publicado 28/02/2025 • 11:58 | Atualizado há 6 meses

KEY POINTS

O Carnaval, que antes era muito forte e característico no Rio de Janeiro, na Bahia e em alguns outros estados do Nordeste, tem se tornado um movimento nacional.
"Os empreendimentos estão mais estruturados para atender diferentes públicos e que o câmbio pode influenciar nas decisões dos destinos dos foliões brasileiros", disse Tavares.
O especialista explicou que o Carnaval não é mais um movimento único, e que hoje existe um Carnaval diferente e "ideal" para cada folião.

O Carnaval, que começa nesta sexta-feira (26), pode trazer uma movimentação recorde para a receita de 2025, superando os 12 bilhões.

Em entrevista exclusiva ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC, nesta sexta-feira (28), Felipe Tavares, economista-chefe da CNC, comentou sobre a movimentação econômica do Carnaval deste ano.

Segundo Tavares, o Carnaval, que antes era muito forte e característico no Rio de Janeiro, na Bahia e em alguns outros estados do Nordeste, tem se tornado um movimento nacional.

“Ele aumentou significativamente em diversas cidades. Hoje, já vemos um alto faturamento nessa época em Minas Gerais, Rio Grande do Sul. São Paulo está se tornando um dos principais destinos do Carnaval brasileiro. Conseguimos solidificar a data em nível nacional como uma data importante para o setor de serviços e turismo”, disse.

Ele ainda destacou que o Carnaval é o “Natal do turismo” e que o faturamento da festa só cresce desde 2016. Para 2025, a expectativa é de que seja o maior valor da série em quase 10 anos, ou seja, a data vai movimentar muito a economia este ano.

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O especialista explicou que o Carnaval não é mais um movimento único, e que hoje existe um Carnaval diferente e “ideal” para cada folião.

“Antigamente, quando a pessoa optava por ficar em São Paulo, o Rio de Janeiro perdia. Mas o que vimos nos últimos tempos é que cada vez mais pessoas que optavam por não curtir o Carnaval passaram a curtir essa data. Esse espalhamento de pessoas acaba criando uma oferta de diferentes estilos de Carnaval: quem quer pular na rua ou na praia vai para o Rio, quem quer um bloco, um axé vai para a Bahia, etc.”

Ele também destacou que os empreendimentos estão mais estruturados para atender diferentes públicos e que o câmbio pode influenciar nas decisões dos destinos dos foliões brasileiros.

“Hoje, os comércios se preparam muito para esses dias de festa. Existe uma maior complexidade no que é ofertado no Carnaval. Você vê hotéis se especializando em diferentes tipos de clientes, restaurantes focando em diferentes tipos de atendimento, garçons e outros prestadores de serviços sendo bilíngues, trilíngues em algumas localidades. O Carnaval brasileiro está cada vez mais sofisticado em termos de serviço, e isso contribui muito para o aumento de faturamento.”

“Além disso, a alta do dólar tem um efeito positivo mínimo nas rotas dos estrangeiros. Nas análises que fizemos, o resultado é que o turista estrangeiro não se importa tanto com o câmbio neste momento, ele é movido por outros fatores, como segurança, infraestrutura, etc. Agora, sobre os turistas brasileiros, isso desincentiva sim esses foliões de irem para fora”, finalizou o especialista.

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