Mercado de bens de luxo pessoal deve encolher pela primeira vez desde a crise financeira de 2008, aponta pesquisa
Publicado 16/11/2024 • 18:30 | Atualizado há 6 meses
‘Precisamos saber quanto as coisas vão custar’, diz dono de negócio em meio as tarifas de Trump
Ações da Tesla devem encerrar maio em alta enquanto Musk encerra período com DOGE de Trump
Trump diz que EUA dobrarão tarifas sobre aço para 50%
Trump elogia Musk e DOGE na despedida da Casa Branca: “este será o último dia, mas sempre estará conosco”
Guerra comercial está abalando as viagens de negócios globais — 4 gráficos mostram como
Publicado 16/11/2024 • 18:30 | Atualizado há 6 meses
KEY POINTS
Silhueta de pessoa andando em frente a loja fechada da Louis Vuitton
Reprodução Pexels
O mercado de bens de luxo pessoais enfrenta a primeira queda desde a crise financeira global de 2008 (excluindo o período de distanciamento social causado pela pandemia de Covid-19), de acordo com o relatório anual sobre o segmento da consultoria Bain & Company. O texto projeta uma contração de 2% no ano.
Os principais motivos por trás dessa mudança de ritmo são os seguintes:
Além da demanda diminuir, os custos foram mais altos, e houve uma queda na fidelidade dos clientes fizeram com que os consumidores evitassem marcas de luxo em 2024.
O mercado de bens de luxos pessoais inclui roupas, bolsas, joias e cosméticos. Pequenos itens pessoais, como óculos e produtos de beleza, até tiveram aumento, já que os compradores optam por pequenas compras em vez de compras maiores, diz o relatório.
A incerteza econômica global e as pressões inflacionárias surgiram como pontos comuns nos relatórios de lucros das marcas de luxo deste ano, com a LVMH (Louis Vuitton), Burberry e Kering, dona da Gucci. Todos registraram perdas de receita.
Até mesmo a empresa da Cartier, Richemont, relatou na semana passada uma queda de 1% nas vendas no primeiro semestre devido, em parte, à demanda enfraquecida da China.
A demanda decrescente do principal mercado chinês é preocupante para o setor, já que a economia tem lutado para se recuperar da desaceleração causada pela Covid-19.
“A China sofreu uma desaceleração acentuada, que piorou ao longo do ano à medida que os gastos domésticos diminuíram devido à fraca confiança do consumidor”, afirma a Bain & Company.
A consultoria afirma que o cenário mais provável é o de uma recuperação a partir do segundo semestre do ano que vem e o prevê que o setor crescerá ligeiramente em 2025.
Um cenário de piora, no entanto, não é descartado:
O relatório também apontou que em houve crescimento em segmentos de luxo de mercados que não são de bens pessoais:
Viagens de luxo surgiram como uma área de crescimento, com consumidores cada vez mais direcionando seus gastos para experiências, eventos sociais e bem-estar.
O relatório observou que as marcas de luxo precisam atrair e reter mais consumidores do segmento mais jovem da Geração Z, que abrange pessoas nascidas entre 1997 e 2012.
“Nos últimos dois anos, 50 milhões de consumidores de luxo optaram por sair do mercado de bens de luxo ou foram forçados a sair, e esse é um sinal para as marcas de que é hora de reajustar suas propostas de valor” disse Claudia D’Arpizio, sócia da Bain & Company e principal autora do estudo.
Mais lidas
Google defende manutenção do navegador Chrome e rejeita se desfazer dele
Governo detalha bloqueio de R$31,3 bilhões no Orçamento de 2025
EUA apontam locais no Brasil onde turista deve ter 'mais cautela' devido à violência
Chefe do Pentágono diz estar pronto para "lutar e vencer" a China e pede aos aliados asiáticos que aumentem gastos com defesa
China suspende a importação dos produtos relacionados a aves do Brasil