Marcas de roupas que copiam designs irritam a concorrência mais chique
Publicado 16/11/2024 • 18:28 | Atualizado há 5 meses
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Publicado 16/11/2024 • 18:28 | Atualizado há 5 meses
KEY POINTS
Roupas penduradas em cabides
Reprodução Freepik
O termo dupe (abreviação de ‘duplicate’) é usado para descrever cópias e réplicas de peças caras. Algumas lojas de e-commerce, como AliExpress e Shein, têm suas próprias marcas que fabricam cópias fidedignas de roupas de etiquetas que têm algum prestígio, como Farm, Zara e Lululemon.
Esta estratégia funcionou para uma clientela de renda mais baixa, que quer as peças mais caras, mas não tem como bancar.
De acordo com uma pesquisa da Morning Consult, empresa de inteligência de dados e pesquisa, as maiores motivações por trás das compras de produtos replicados são:
No mercado da indústria fashion, o dupe irrita as empresas que desenvolveram os designs originais.
Nos Estados Unidos, houve pelo menos um caso de uma companhia mais chique que reclamou publicamente da concorrente: a marca americana de cashmeres Naadam se queixou da propaganda da Quince.
A Quince vende camisetas, camisas e suéteres com estilo básico, e em sua propaganda, dizia que os seus suéteres têm metade do preço do que os da Naadam e qualidade igual ou maior.
A Naadam postou um pronunciamento no TikTok: “Não sei se é ilegal [usar nome de outra marca em uma publicidade], mas é estranho. Isso realmente ultrapassa os limites”, disse o CEO Matt Scalan.
Apesar da concorrência se irritar com as marcas de dupe, elas têm crescido. A Quince, que tem cinco anos de existência, triplicou suas vendas em 2023, que chegaram ao valor de U$ 300 milhões (R$ 1,7 milhão), de acordo com especialistas.
As roupas da marca de ginástica Lululemon têm sido muito replicadas e vendidas nas lojas de e-commerce. Esses produtos viralizam no TikTok com reviews e opiniões de compradores e a hashtag “LululemonDupes” e já soma mais de 100 milhões de visualizações.
A Lululemon resolveu fazer o movimento inverso: ao invés de brigar e tentar impedir, fizeram uma campanha chamada ‘Get Into It’ (Entre Nessa, em tradução livre), que consistiu em abrir uma de suas lojas em Los Angeles, para que os compradores dos dupes fizessem trocas por peças originais.
Mesmo com preços mais altos, as marcas que desenvolvem as peças originais ainda têm uma grande base de consumidores que procuram ‘pechinchas’, pois a qualidade e durabilidade das peças ainda é o critério-chave de compra.
O risco que as empresas que apostam em dupes correm é que os clientes devem migrar para as marcas mais estabelecidas quando se estabelecerem financeiramente. Além disso, elas não possuem uma identidade, já que apenas fabricam cópias.
Em entrevista ao The Business of Fashion, James Nord, fundador e executivo-chefe da agência de marketing Fohr, diz que uma marca tem dificuldade de se tornar grande sem uma identidade bem definida.
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