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“Importações desestimulam produção local”, diz presidente da Anfavea
Publicado 06/03/2025 • 17:21 | Atualizado há 6 meses
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Publicado 06/03/2025 • 17:21 | Atualizado há 6 meses
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A indústria automotiva brasileira enfrenta um aumento das tarifas de importação de veículos elétricos e híbridos, previsto para julho deste ano. Segundo Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), a falta de recomposição da alíquota de 35% representa um risco significativo para o setor.
“A chegada dos importados com incentivo tem gerado um desequilíbrio muito grande para o país”, disse, em entrevista ao Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC nesta quinta-feira (6).
No fim de fevereiro foi anunciada a chegada de um cargueiro da BYD ao porto de Aracruz, no Espírito Santo. Esse estoque provavelmente vai atender a demanda por carros da montadora até o início das operações de uma unidade da empresa chinesa na Bahia. A BYD afirmou que tem um compromisso com a reindustrialização do Brasil e já tem fábricas em Campinas (SP) e Manaus (AM; veja abaixo mais detalhes sobre a resposta da empresa).
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O executivo da Anfavea afirmou que o setor investiu R$ 180 bilhões e gerou mais de 100 mil empregos no ano passado, mas teme que a demora na recomposição das tarifas comprometa esses avanços. “A não recomposição da tarifa de importação, de forma acelerada, coloca em risco todo o processo de investimento do setor”, disse.
Outro ponto de preocupação é o crescimento das importações, que ultrapassaram as exportações pela primeira vez em cerca de 20 anos. “Isso leva naturalmente a um desestímulo muito grande à produção local”, disse Leite, ressaltando que montadoras tradicionais também têm optado por importar veículos para manter a competitividade.
Apesar do diálogo aberto com o governo, a Anfavea cobra mais agilidade na tomada de decisões para evitar impactos negativos na indústria. “O governo tem ouvido bastante os nossos argumentos, mas precisamos de mais rapidez para que essa recomposição não deixe o país na vulnerabilidade que ele se encontra atualmente”, disse.
Em nota, a BYD afirmou que tem “compromisso com a reindustrialização do setor automotivo no Brasil, a geração de empregos e a continuidade dos investimentos no país”.
Em 2024, a BYD iniciou a construção de seu complexo industrial em Camaçari (BA), com um investimento de R$5,5 bilhões e a previsão de mais de 20 mil empregos diretos e indiretos.
“Os exíguos estoques atuais de veículos importados da BYD têm como objetivo atender à crescente demanda do mercado até que a produção local seja iniciada em 2025”, disse a montadora.
A nota também afirma que a expansão da empresa no Brasil inclui um plano de desenvolvimento tecnológico e sustentável que pretende auxiliar na transição energética do setor automotivo.
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