Redução de impostos pode ter pouco impacto nos alimentos, avalia economista
Publicado 11/03/2025 • 13:08 | Atualizado há 19 horas
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Publicado 11/03/2025 • 13:08 | Atualizado há 19 horas
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O governo federal anunciou uma medida para reduzir a inflação de alimentos importados: a isenção de alíquotas de alguns produtos, como óleo de girassol, azeite de oliva, sardinha, biscoitos, café, atum, açúcar e massas. A medida visa conter os preços, mas também traz consequências para os cofres públicos.
Em entrevista exclusiva ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC, nesta terça-feira (10), Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos, comentou sobre o impacto dessa medida no atual cenário econômico.
Ele explicou que, considerando o peso desses itens e a isenção das alíquotas conforme anunciado, o governo deixaria de arrecadar cerca de um bilhão de reais por ano. Como já estamos em março, e é provável que a medida vigore até março ou abril de 2026, esse impacto seria um pouco menor. Nesse sentido, ele avalia que não se trata de uma medida cara, mas que o custo precisa ser considerado, pois não é o momento de tomar decisões como essa.
Salto acrescentou que, por outro lado, a medida deve ter pouco efeito sobre os preços dos alimentos. Segundo ele, os fatores que pressionam os preços vão além da questão climática e dos choques negativos de oferta.
O principal fator, segundo o economista, é o dólar. Para que ele caia e o país tenha maior estabilidade, inclusive na inflação, o que se precisa é mais responsabilidade fiscal, cumprimento do pacote fiscal anunciado no ano passado, respeito às metas fiscais estipuladas na legislação e maior controle dos gastos públicos.
Sobre a possibilidade de uma redução percebida dos preços, Salto ponderou que algum efeito será sentido, pois a tributação será reduzida, e isso tende a ser repassado ao consumidor. No entanto, ele reforçou que esse não é o fator determinante para conter a inflação.
“Não será essa medida que salvará a mocinha no final do filme. O verdadeiro problema é o dólar, que está muito caro”, afirmou.
O economista também comentou sobre a sugestão do governo federal para que os estados reduzam o ICMS dos produtos da cesta básica. Para ele, essa proposta não é viável e pode ser um “grande tiro no pé”.
Ele lembrou que o governo anterior adotou uma medida semelhante com os combustíveis e agora, ao sugerir a redução do ICMS, os estados imediatamente pedem compensações, o que pode resultar em mais gastos para a União, sem garantir um efeito positivo para o consumidor.
Salto citou o exemplo de São Paulo, onde a cesta básica já é totalmente desonerada há anos. Segundo ele, essa nova proposta do governo federal parece uma medida desesperada, que pode gerar mais custos para a União sem produzir o efeito desejado.
“É como secar gelo, porque o problema estrutural que pressiona os preços é o dólar, e não a tributação”, afirmou.
Por fim, Salto avaliou que os preços dos alimentos devem recuar até o fim do ano. A tendência do dólar depende do balanço de pagamentos, que segue positivo, apesar da recente piora no déficit em transações correntes.
Ele destacou que o país tem reservas internacionais robustas, bem acima do nível mínimo exigido pelo FMI. Se o Congresso evitar medidas que pressionem ainda mais as contas públicas e garantir um cenário de responsabilidade fiscal, o dólar pode cair, o que ajudaria na redução dos preços dos alimentos.
Além disso, a safra deste ano deve ser muito boa, aumentando a oferta e pressionando os preços para baixo. Para ele, a queda não será imediata, mas os valores devem recuar nos próximos meses.
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